Nem emprestar livro, DVD (CD,LP) e mulher (marido). Nem gosto de pegar roupa emprestada, mas não me importo de emprestar.
Por ser tão contraditória e mutável, vou falar de política. Aproveitando o momento e tentando mostrar onde estamos errando, na minha opinião.
A maioria de nós compartilha dos mesmos pensamentos: o Brasil não tem jeito; isso aqui é a "casa da mãe Joana"; todo político é corrupto ou corruptível; isso é uma vergonha, etc.etc.
Esquecemos que em algum momento, nós, ou nossos pais, ou avós, colocamos estas pessoas no poder. Alguns estão há tanto tempo lá em cima que já deviam ter virado patrimônio nacional. Ou não, visto que não valem a homenagem.
O que me entristece é ver que os mais jovens, na faixa de menos de 40, ou 40 e poucos anos, até mesmo por só terem convivido com essa bandalheira, e que são a força máxima, estão se omitindo.
Direito de cada um. Mas se as velhas raposas continuarem em evidência, como o Brasil poderá melhorar? Ou vamos viver sempre descontentes, desanimados, desacreditando numa possibilidade de melhora?
Votar não é obrigação, minha gente. Votar é direito.
Votando estamos mostrando nossa escolha, não só política, mas moral também. E social. Estamos confiando nosso destino aos eleitos. Que queremos que tenham nosso mesmo ideal.
O voto pode até não ser obrigatório que continuarei exercendo meu direito de cidadã e tentando acertar em minhas escolhas.
Sabemos o quanto a população de baixa renda aceita suborno dos candidatos, a troco de uma cesta básica, do asfaltamento de uma rua, a implantação de um precário serviço de esgoto, uma dentadura, e etc.
Devemos ter consciência de que nós, os mais esclarecidos, mais instruídos, é que somos a grande força.
Anular o voto é marcar um número de candidato inexistente.
Votar em branco é não marcar candidato nenhum. No caso das nossas urnas eletrônicas, há a opção de apertar o botão onde se lê BRANCO. (Depois tecle o Confirma, em qualquer caso)
“Dar uma de avestruz, enfiando a cabeça na areia e deixar o vendaval passar, é a melhor forma de comprometer negativamente o futuro do país”. (Ministro Marco Aurélio Mello). Para ele, já é suficiente fazer uma escolha responsável, que diminua o poder dos corruptos. “O voto nulo só beneficia os que cometeram desvios de conduta no exercício do poder.”
Ou: “O voto nulo vai favorecer patrimonialistas ou, melhor dizendo, ladrões. Eles têm muito dinheiro para gastar nas campanhas políticas e contam com a desinformação do eleitor”. (O polêmico Gabeira). Ambas as citações, daqui.
Abaixo, duas respostas que dei ontem, pelo FB, às indagações de duas amigs blogueiras, pessoas conscientes, inteligentes, mas que estão cansadas de "dar com os burros n'água". Mas são tão novas, têm que acreditar que votando conseguiremos mudar a cara do Brasil, e não o contrário.
"Ai, bonita! Nós somos mulheres fortes, pensantes, temos que modificar isso, temos que cobrar dos políticos as promessas de campanha. Ou, aliás, nem isso, prometem o que é de obrigação que façam. Temos que acreditar que uma hora algum bom político vai se eleger. Para isso temos que exercer nossa cidadania. Como falei, acho que votar é meu direito, não minha obrigação. O que falta em nós é acreditar que juntos conseguiremos acabar com os maus políticos. Ia anular meu voto, mas percebo que isso só piora a situação. Votar consciente e cobrar deles as ações. Beijo!"
"Que tal se, em vez de pular o domingo, a gente votar consciente (não no sentido de que está votando certo, mas no sentido de cobrar do nosso candidato o que foi prometido...). Por pior que seja a situação, ela só vai piorar se nós, os mais esclarecidos, nos omitirmos. Pensei em anular meu voto mas desisti, preciso exercer meu direito de cidadã e esperar por bons políticos. Nunca achei que votar fosse uma obrigação, tenho minha esperança renovada quando voto. Precisamos acreditar! Beijo!"
É isso.Não quero convencer a ninguém, gosto de dizer que cada um sabe de si.
Pra você que, como eu, vai votar, feliz escolha.
11 comentários:
O voto no meu modo de ver não deveria ser obrigatório. Mas creio que todos deveriam votar. Não sou mais obrigado, mas vou fazê-lo, pois através deste ato manifestamos a nossa vontade soberana.
Bom fim de semana.
Élys.
Oii Lucia,, acho que vc tem toda razão na sua reflexão e alerta, somos nós que detemos esse poder de mudança e ainda assim muitos não ajudam a promove-la e segue reclamando! Amei essa frase do ministro “Dar uma de avestruz, enfiando a cabeça na areia e deixar o vendaval passar, é a melhor forma de comprometer negativamente o futuro do país”, perfeita reflexão! Abraçossss
Feliz escolha é "forte", Lucia
; > )
Vou compulsoriamente cumprir a obrigação (se fosse direito, a gente tinha de se "estapear" para exercê-lo, tal qual o povo sem nem mesmo uma porcaria de um plano de saude que precisa do SUS, né, não?)
Voto no Paes: ele é ok, quanto à vereador votarei em quem tenha como plataforma a defesa dos animais.
Se eles "vão me usar"? Claro que sim, mas, desta vez, não vou anular o voto - o que tb é um direito meu, seu, nosso. ; > 0
bjnhssssssssssssss
Aí no Brasil é como diz...
Aqui em Portugal a situação é
muito idêntica e estão a sugar-nos
tudo. Todavia o povo sempre tem
votado em força apenas em 2 partidos que se têm alternado no
poder, quando há mais opções.
Enfim o voto é uma coisa muito
pessoal, mas eu também quando
voltar a haver eleições não sei
o que hei-de fazer...
Bj. e bom fim de semana.
Irene Alves
Lucia, perfeita suas colocações, também acredito que não deve se discutir politica partidária, mas qualque ato nosso como cidadão é político, queiramos ou não.
Vejo muita gente dizendo que não é democratico o voto obrigatório, já pensei assim! Hoje, não. Pois se deixarmos livre teremos de presidente a síndico de prédio ganhando por minoria,como efetivamente é nos EUA, onde um presidente pode ser eleito por 30% da população. Em um país em que a maioria da população é de baixa escolaridade,nossos governantes seriam eleito por quem? Por quem asfalta a rua, dá a dentadura e compra o voto. Estou com você é meu direito, vou exerce-lo! Não tem nada de obrigatório, tem de obrigação com o meu próximo, que podem ser meus filhos e netos. Nunca achei correto anular, mas confesso que nessa eleição namorei a ideia, no fim escolhi um candidato, é o melhor? Não,mas nenhum é e este pelo menos mostrou alguma coisa de bom. Vamos cobrar, hoje é até mais fácil, todo mundo tem FB, site ou blog, vai lá e cobra, resmungar no boteco ou no mercado não leva a nada, principalmente quando você anulou seu voto, nem foi votar (a multa é irrisória) ou votou em branco.
Enfim... boa eleição.
bjs
Jussara
Votar é exercer a nossa cidadania.
Beijo e boa reflexão.
Lúcia, vc está coberta de razão.
Até pouco tempo atrás eu era assim, exatamente como vc, até escreveria as mesmas palavras, mas hoje, véspera de ir lá exercer meu poder de decidir está enfraquecido demais, desanimado com toda essa bandalheira...
Agora, às 19.06h ainda não sei se vou lá ou não. Mas sei que cansada eu tô muito.
Como dizia minha avó: vc é de veneta, fia, de cinco minutos.
Então, vamos ver amanhã qdo eu acordar o que eu vou estar pensando...
Beijos
Ótimo domingo procê!!!
Oi Lúcia!
Ahhh, já votei muitas vezes antes achando que estava fazendo grande coisa exercendo a minha cidadania, hoje cada vez mais vou votar por pura obrigação. Vou votar para prefeito por convicção, é minha escolha verdadeira, mas para vereador, ahhh, acho que candidatos a vereador são cada vez mais pessoas oportunistas querendo se locupletar, aqui vemos muiiiito isso, então não vou pactuar com isso. Não que meu candidato a prefeito seja santo, mas ele veste a camisa pelos seus ideais políticos, cresceu nela e vive para ela. Mas confesso, está ficando cada vez mais difícil escolher.
Beijinhos!
Oi, Lucia!
Também, como vc, vou votar.
Voto sempre: nunca em branco ou nulo!
Pesquiso os meus candidatos e escolho. Se depois descubro algo que não saiu como pensei que sairia, nao repito o voto da próxima vez!
Quero o melhor e escolho com boas intenções, então, boas eleições procê!
Bjssssssssssssssss, quérida!
Este pensador, viajeiro entre Sois
Esta Ave pousada em mil embarcações
Esbarco que passa sem vela ou remo
Esta arca repleta de vibrantes emoções
Esta mestiça flor de açafrão
Este ramo de espinhos cravados na mão
Esta alma que não ousa largar opinião
Este homem vestido de solidão
Boa semana
Doce beijo
Muito bom, Lúcia!!
Escolher é exercer nossa liberdade, embora não escolher também seja uma escolha. É por meio da liberdade que a verdade se revela, com a liberdade - própria da democracia - sabemos das coisas e até mais que as próprias coisas.
Um grande beijo!
Saudades.
PS. Voltei pra valer, tenho novidades, espero que goste ;-)
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