Cuidados com o pés/ Dicas da Vivian

Pés bonitos, com unhas bem feitas e pele fina é muito bom de ter e de ver, não?
Nem sempre as unhas precisam estar pintadas (eu, por ex., não pinto as minhas há anos), mas bem cortadas e limpas é fundamental que estejam.
O post da Luciana, lá nas terras frias da Noruega, me inspirou a falar dos pés, às vezes relegados a 2º plano, por ficarem escondidinhos em calçados, como acontece por lá. Mas aqui no Brasil, com calor praticamente o ano todo, os pés ficam muito em evidência.
As calosidades surgem nos pés devido à pressão do corpo sobre eles. A pele engrossa numa reação natural, se defendendo para suportar a pressão. Por isso também é importante um calçado confortável, que pelo menos ajude o corpo a distribuir bem o peso e sacrificar menos os pés.
O ideal é usar um calçado hoje e amanhã usar outro. Isso porque ele também vai "descansar" dos pés, perder a umidade que o suor pode causar e "respirar". Um calçado inadequado vai formar bolhas nos pés, por causa do atrito e esta bolha, ao estourar, deixará o lugar mais espesso, formando o indesejado calo.
Nenhum pé de adulto parecerá pé de bebê se não tiver cuidados diários.
A pele dos pés é naturalmente mais grossa, o que acontece também com a pele dos cotovelos, dos joelhos, das palmas das mãos. Então, precisam de cuidados para que não engrossem e fiquem difíceis de tratar depois.
Depois do banho é preciso ter tempo e disposição para tratar os pés. Com a umidade da pele é mais fácil a penetração dos cremes.
Não faço uso, mas sei de muitas pessoas que não abrem mão de usar o creme para os pés da Avon. (do Avon? falo DA, A empresa Avon, mas ouço muita gente falar DO Avon).
 Uso um creme hidratante da Natura, Castanha, que é muito bom, me satisfaz plenamente, além do cheiro ser delicioso.
E tem a fórmula clássica, nunca usei, mas já fiz para minha irmã, que estava com os pés ressecados e muito rachados, agravados pelo fato dela cuidar pouco e ser diabética, o que já facilita as rachaduras.
Misturar bem, em uma vasilha de vidro, ou louça (uma saladeira, um pirex), uma embalagem de 100 ml de glicerina líquida (qquer farmácia vende), uma embalagem de 100 ml de água oxigenada 10 volumes e 10 comprimidos de AAS, ou Melhoral, ou qualquer comprimido de  ácido acetilsalicílico.
Não sei informar o poder do AAS, mas a glicerina é emoliente (amacia) e a água oxigenada, como é bactericida, deve agir limpando as possíveis feridas das rachaduras, que muitas vezes se abrem e até sangram.

Depois de bem misturados os ingredientes (bom amassar os comprimidos primeiro), recolocar o líquido nas próprias embalagens da glicerina e da água oxigenada. Ao usar, molhar o algodão e passar nos pés, ou jogar uma pequena quantidade na mão e espalhar nos pés. Calçar meias e ficar algumas horas com elas, por isso é ideal fazê-lo antes de se deitar.  Não fica "grudento" nem escorregadio e em poucos dias se vê o resultado.
Não podia deixar de mostrar meu pé, né? (só mostrei o esquerdo, o direito está com a unha do dedão em crescimento, perdi-a depois de um pequeno acidente em setembro do ano passado. Já está quase no tamanho certo, mas como é feio o dedão descoberto!)

(essa gordurinha no tornozelo é mal de família, ou tem a ver com a idade, ou o peso, sei lá!)  


P.S.: Aproveitem as informações e a fórmula apresentada pela Vivian, que é farmacêutica.


VIVIAN!!!!!! disse...
Olá Lúcia. A ação do ácido acetilsalícilico é queratolítica,(na verdade na química chamamos de ácido salícílico na forma pura, depois transformado vira o AAS ou a aspirina e assim vai, né?) ou seja ,pra uma dosagem acima de 2.000 mg ele tem essa função,(por isso colocamos uma cartela de AAS) dissolve as formações queratínicas, e por isso é bom para as rachaduras e as calosidades, deixando a pele renovada naquele local.Eu faço  uso de um creme que mando manipular, à base de ureia 10% e o ácido salicílico a 2%; a ureia se torna hidratante nesta porcentagem!!!!É muito bom, hidrata mesmo. A fórmula é assim: Ureia 10% Ácido salicílico 2% Creme hidratante 50 gr Usar à noite e colocar uma meia pra hidratar bem a pele ressecada dos pés. Seu pé tá uma belezinha, uai!!! bjs boa semana!!!
VIVIAN!!!!!! disse...
Mandar fazer em creme hidratante pois ele é a base de glicerina!!! A água oxigenada na verdade só é um antisséptico para as rachaduras q às vezes chega a sangrar... E como não tem conservantes ela oxida e o creme vai perdendo o teor...esse feito em casa...o manipulado tem prazo de validade, pois tem conservantes. Ah, e não é caro!!!!rsrsrsrsr bjs

Vamos nessa?

Sou completamente favorável à campanha, que conheci através do blog da Renata, o Eternos Prazeres
Não sei de coisa mais chata em blogs. Até aceito luzinhas piscando, sinos tocando, música "ambiente", borboletas voando entre as palavras, aviõezinhos puxando faixa com algum dizer, qualquer coisa enfeitando, pois o gosto é do dono do blog. 
Outra coisa de que não gosto, sem implicância, mas porque realmente me atrapalha a leitura, é de fundo preto e letras fluorescentes. Aí me acaba, mesmo. Mas também não deixo de ir ao blog, se o tema vale a pena.


Agora, são duas as palavras na verificação. Mas apenas uma é para ser transcrita. E qual é ela? Justamente a que está borrada, em  cima de uma massa preta. Beleza pura.
Conta pra mim que necessidade tem essa verificação de palavras?  Há melhores maneiras de se conter spams, tenho certeza!  
Não digo que nem entro em blog que tenha essa verificação, pois gosto e frequento uns maravilhosos. 
Sou a favor de se retirar. Pode ser?

 Para quem leu o post abaixo, "Quem pode, pode", eis o comentário da Cris Guerra:

P.S. Ei Lúcia! Que bonitinho esse post, fiquei muito lisonjeada. Você é uma querida. Quero dar uma informação: o Para Francisco mudou de fase, mas continua à disposição dos leitores no www.parafrancisco.blogspot.com
Achei por bem iniciar outro blog mais leve, para simbolizar essa nova fase. Vou me casar em maio, olha que delícia! Mas o blog continua lá, para quem quiser ler. O livro está à venda, tem muito do blog, mas os dois não se equivalem. Acho que vale ter contato com os dois, pois o livro tem 20 textos a mais que o blog não tem, assim como o blog continua após o livro, o que é bem interessante, pois penso que eu comecei a escrever mais macio depois do livro, rs. Um beijo com muito carinho.

Quem pode, pode!

 Há que ser ousada, ter estilo, bossa, categoria. Poucas pessoas conseguem combinar estampas com listras. Ainda mais, duas estampas com listras. 
Ela é a Cris Guerra, autora do livro "Para Francisco", um depoimento emocionante da gravidez e nascimento do filho. Uma comovente história de amor, onde o final pode parecer que não foi feliz, mas foi. 
Cris perdeu o marido quando estava no sétimo ou oitavo mês de gravidez, um homem jovem, que teve morte súbita. "Para Francisco" é a história da relação dos dois, escrito enquanto a dor estava latente e ela tinha medo de esquecer  e perder detalhes para contar para o filho.
Porque, felizmente, a dor dos primeiros tempos passa, fica a saudade eterna, e no caso dela, a lembrança de um amor lindo, perfeito na medida do possível.
www.hojevouassim.com.br   é o blog precursor de todos esses que mostram a moda de todo dia. E ela é imbatível.
Cris é fotografada  todos os dias e cada produção é  uma agradável surpresa.
Sou fã dela e lhe pedi autorização para colocar as fotos. 
A história de vida dela é cheia de bons momentos e muitas perdas, mas ela sempre consegue superar a tristeza e tocar a vida, ainda mais agora, com seu lindo Francisco para criar. Não a conheço pessoalmente, mas no blog, que antecedeu e deu origem ao livro, ela conta tudo, de peito tão aberto que o mínimo que se sente é que ela é uma filha, ou uma irmã, ou uma grande amiga, a quem você quer proteger, quer oferecer um colo.
Uma mulher de fibra. 
Quer se inspirar para o dia a dia, sempre com roupas lindas, acessórios perfeitos, da cabeça aos pés? É só clicar no link e chegar ao blog "Hoje vou assim".

 P.S.: Cris continua falando sobre o filho num blog leve, mostrando suas "francisquices". Para quem quiser conhecer sua história:
http://cartasparafrancisco.wordpress.com/
(A foto foi retirada do blog dela, com autorização).

Atualização: Ei Lúcia! Que bonitinho esse post, fiquei muito lisonjeada. Você é uma querida. Quero dar uma informação: o Para Francisco mudou de fase, mas continua à disposição dos leitores no www.parafrancisco.blogspot.com
Achei por bem iniciar outro blog mais leve, para simbolizar essa nova fase. Vou me casar em maio, olha que delícia! Mas o blog continua lá, para quem quiser ler. O livro está à venda, tem muito do blog, mas os dois não se equivalem. Acho que vale ter contato com os dois, pois o livro tem 20 textos a mais que o blog não tem, assim como o blog continua após o livro, o que é bem interessante, pois penso que eu comecei a escrever mais macio depois do livro, rs. Um beijo com muito carinho! (Em 24/09/12)


Considerações

Vivemos para quê?
Nascemos, aprendemos (ou devíamos aprender), crescemos, ficamos adultos, cheios de compromissos, estudo, namoros, casamento, filhos, trabalho sempre, muito trabalho. 
E um dia, nos vemos com mais de 60 anos e sabendo que, por mais que a expectativa de vida tenha aumentado, já rodamos mais da metade do caminho...
Não quero ficar pra semente, quero ficar velhinha só se for com qualidade de vida.
Minha mãe tem 86 anos e uma saúde boa, uma memória elefantíaca e sabe de tudo que se passa na vida de todos nós. Isso não implica que não tenha suas limitações, seus problemas, seus altos e baixos, pois é dada à depressão. 
                                  (Minha mãe, há uns 10 anos)
  Tudo que se diz da velhice e parece simples e romântico é com muita boa vontade. Como tudo na vida, tem os prós e os contras. Mais contras, não se diga que não. 
Estou falando de velhice mesmo, acima de 80 anos.
Tenho vizinhos de 70 e tantos anos, super na deles. Almoçam fora 2 vezes por semana, fazem caminhadas todas as manhãs, frequentam o melhor clube de BH, onde ela faz aulas de ginástica e ele joga sua bolinha. Ele é safenado ( o que me faz desacreditar em exercícios físicos), ela é diabética, com muitas restrições alimentares, que segue com rigor. Estão sempre alegres, rindo, de bem com a vida. Não têm grana de sobra, mas 3 filhas apaixonantes que só faltam adivinhar o que querem. E proporcionam a eles uma vida com muitos passeios, viagens, (inclusive ao exterior) e divertimento. Não tem tempo ruim pra eles. 
Do outro lado da rua, um casal muito mais jovem, mas já entrados em "entas" e que não sabem o que fazer da vida. Boa condição financeira, e nenhuma vontade para nada. Não saem, não recebem nem parentes, nunca estão satisfeitos, não riem com facilidade, não viajam enfim,deixam a vida simplesmente correr.
Porque a vida não passa mais, ela corre celeremente.
Sempre me perguntei qual o verdadeiro sentido da vida e me parece muito injusto que seja somente esta a vida que temos. 
Quanta gente não consegue fazer nada, por falta de condição e quanta gente nem sabe o que fazer com a vida boa que tem?
Se pararmos pra pensar porque existem as doenças, os doentes, pessoas que nascem e viverão com alguma ou muitas limitações, os cegos, os mutilados, os doentes mentais, as famílias desestruturadas, os filhos drogados, os assassinos, os estrupadores, os pedófilos, os psicopatas, os simplesmente maus, que nem sabem a que vieram, teremos alguma resposta?
Hoje estou down. Por isso o post. 
Não me levem a sério. Bom carnaval!

Ninguém é perfeito

Abraçando a imperfeição

"Quando eu ainda era um  menino, ocasionalmente minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro. 
Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas, bastante queimadas, defronte do meu pai. 
Lembro-me de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.
Não me lembro o que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado. Quando deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. Nunca esquecerei o que ele disse: 
- Amor, eu adoro torrada queimada...
Mais tarde, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, perguntei-lhe se tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e disse:
 - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.  A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. Eu também não sou o melhor marido, empregado ou cozinheiro! 
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. 
E esta é a minha lição para você, hoje.
Que possa aprender a levar o bem ou o mal colocando-os aos pés do Espírito Santo. 
Porque afinal, Ele é o único que poderá lhe dar uma relação na qual uma torrada queimada não seja um evento destruidor.
As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fêz, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fêz se sentir."

O texto, que recebi por e-mail, terminava com a frase óbvia, e talvez por isso, tão difícil de ser seguida:


"Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio."
(O texto veio com o clássico "Autor desconhecido").

Virtual ou real?

Quem me segue há mais tempo conhece bem essa moça das fotos. Ela é uma mulher de fé, uma linda mulher. Uma amiga, quase filha, que encontrei na blogosfera. Como somos da mesma cidade, mesmo ela morando fora do Brasil acabamos nos encontrando. Este ano já é o terceiro consecutivo que nos vemos, quando ela e a família passam as férias aqui.
Liza é daquelas mulheres que a gente pensa que não tem defeitos. Mas claro que os tem, ela é humana.(Mas aviso que não encontrei nenhum, ainda! rs)
Mas o que nos passa é uma calma, uma serenidade, uma maneira forte e realista de tocar a vida, mesmo porque ninguém vive em contos de fadas.
Permito-me colocar foto dela e da família, os lindos Miguel e Davi, e o marido, um companheirão, o Alberto, ou Bebeto para os íntimos, porque ela tem seu blog e estão sempre lá, em lindas fotos.
Miguel e Letícia ficaram amissíssimos, se deram super bem. Nos outros anos se viram, mas agora é que estão mais maduros para se lembrarem um do outro. Acho que daí sairá uma bela amizade.
Toda essa introdução para falar das "desvirtualizações". (acho que o termo foi criado pela Beth/Lilás, ela é uma "desvirtualizadora" de primeira!) 
Vale mesmo a pena marcar encontros via internet e sair para conhecer uma pessoa com a qual nos comunicamos apenas virtualmente?
Só conheço 3 blogueiras (contando a Liza) e foi um enorme prazer, sei que sempre estarão na minha vida e eu na delas. 
Conheci a Ivana, no ano de 2010 e a Lívia, ano passado.
Caí de amores imediatamente, e acho que foi recíproco. 
Mas todos esses contatos que temos, será que são mesmo para sair do plano virtual?
Por mais que apreciemos um blog, será que temos que conhecer o (a) blogueiro(a)?
Tenho um irmão que é fã de carteirinha do Roberto Carlos, mas fã mesmo, de se emocionar, e diz que jamais quer vê-lo de perto, porque ama o ídolo, não o homem. Pra mim faz todo sentido.
Prefiro não conhecer a me decepcionar.
E se não houver "encontro de almas", como fica depois?
No meu caso, as 3 meninas, acho que acertei demais, elas atenderam a todas as minhas expectativas.
Alegres, centradas, gentis, educadas, finas. E todas muito mais jovens que eu, por isso considero-as como minhas filhas virtuais.
Há inúmeras pessoas que gostaria de encontrar um dia, mas fica sempre a dúvida se não é melhor deixar como está, apenas no plano virtual.
Somos um, socialmente, e outro na intimidade. E isso não tem nada a ver com fingimento, com enganação.
Por mais que sejamos boas pessoas, gentis, educadas, divertidas, não somos assim o tempo todo.
Então, até que ponto somos realmente nós mesmos num encontro? 
Só o tempo, muitas conversas, muitas (in)confidências para saber, de verdade, como somos. Ou nunca saber. 
Às vezes me surpreendo com algo que fiz, ou não fiz, que disse, ou não disse, como agi, ou não agi, chegando à conclusão de que eu mesma não me conheço totalmente.
Para alguns, estou pronta. Para outros, definitivamente ainda tenho dúvidas se vou ou não conhecer.
(Nem sei porque resolvi falar disso...Por que será?! rsrs).
O que posso afirmar, com toda certeza, é que até agora fui muito feliz com minhas "desvirtualizações".
Estão aí a Liza, a Ivana e a Lívia, pra não me deixarem mentir! rsrs

Por que hoje é domingo, cometa bobagens

"Cometa bobagens. 
Não pense demais porque o pensamento já mudou assim que se pensou. O que acontece normalmente, encaixado, sem arestas, não é lembrado.
Ninguém lembra do que foi normal. 

                                              (Letícia, neta)
 Lembramos do porre, do fora, do desaforo, dos enganos, das cenas patéticas em que nos declaramos em público. 
Cometa bobagens. 
Dispute uma corrida com o silêncio. Não há anjo a salvar os ouvidos, não há semideus a cerrar a boca para que o seu futuro do passado não seja ressentimento. 
Demita o guarda-chuva, desafie a timidez, converse mais do que o permitido, coma melancia e vá tomar banho de rio. 

(Imagem Google)
Mexa as chaves no bolso para despertar uma porta. 
Cometa bobagens. 
Não compre manual para criar os filhos, para prender o gozo, para despistar os fantasmas. 
Não existe manual que ensine a cometer bobagens. 
Não seja sério; a seriedade é duvidosa; 
seja alegre; a alegria é interrogativa. 
                                                                     (Fabrício, neto)
Quem ri não devolve o ar que respira. 
Não atravesse o corpo na faixa de segurança. 
Grite para o vizinho que você não suporta mais não ser incomodado. 
Use roupas com alguma lembrança. 
Use a memória das roupas mais do que as próprias roupas. 
Desista da agenda, dos papéis amarelos, de qualquer informação que não seja um bilhete de trem. 
Procure falar o que não vem à cabeça. 
Cantarolar uma música ainda sem letra. 
Deixe varrerem seus pés, case sem namorar, namore sem casar. 
                                  (Estevão, Henrique e Fabrício, netos)
 Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar. 
Leve uma árvore para passear. 
Chore nos filmes babacas, durma nos filmes sérios. 
Não espere as segundas intenções para chegar às primeiras. Não diga “eu sei, eu sei”, quando nem ouviu direito. 
Almoce sozinho para sentir saudades do que não foi servido em sua vida. 
Ligue sem motivo para o amigo, leia o livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam para ser os outros em você. 
Transforme o sapato em um barco, ponha-o na água com a sua foto dentro. 
Não arrume a casa na segunda-feira. 
 Não sofra com o fim do domingo. 
Alterne a respiração com um beijo. 
Volte tarde. 
Dispense o casaco para se gripar. 
Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto. Complique o que é muito simples.
Conte uma piada sem rir antes. 
Não chore para chantagear. 
Cometa bobagens. 
                                                                  (Eu.Não tem explicação.)
 Ninguém lembra do que foi normal. 
Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. 
É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade."
Fabricio Carpinejar
 

(A frase: "Por que hoje é domingo" é usada amplamente, não sou eu a única a usar. No blog anterior, "De amor e de..." gostava de usá-la nas postagens leves que escolhia para o domingo, um dia meio parado na blogosfera. Então, aproveitava pra colocar humor. Hoje inicio a série usando a reflexão. Coloquei cada "conselho" em fila, para serem melhor vistos. 
Este é um daqueles textos que gostaria de ter escrito.
Mas Fabrício Carpinejar é imbatível. (um dos muitos maravilhosos escritores, pensadores, que temos e pouco valorizamos).

Arrumar é preciso

Organização sempre está na ordem do dia.
Se a casa está organizada, sua vida vai bem.
Se você é bagunceira, na mesma medida sua vida está bagunçada. (segundo o Feng Shui).
Desde que o mundo é mundo que a organização é básica para tudo.
Facilita a vida, deixa tudo mais bonito, isso é fato.
 (Imagem Google)
 Já fui a rainha da organização mas me perdi no caminho, com 3 filhos aos quais tentei ensinar (melhor coisa, com o exemplo), mas nem sempre aplicavam.
Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar é o lema.
Mesmo não sendo mais animada como antes, ainda tento levar tudo na organização.
Quando deixo alguma coisa passar, fico implicada, insatisfeita.
Assim foi com o armário da cozinha, na época da volta pra casa, depois da reforma. (tenho fotos, mas cadê que consegui colocar aqui?!)
Esteve caótico por vários dias, e como o abria várias vezes, a cada vez era uma tortura ver a bagunça.
A desorganização faz com que percamos tempo procurando por algum objeto ou documento.
O pior é quando arrumamos tudo, levando um dia para tal, e no outro dia já começamos a bagunçar de novo. Tem que ser um policiamento constante, mas sem neura.
Há aqueles dias em que a bagunça tem que passar desapercebida.
Casa parecendo anúncio de revista, ou cena de filme ou propaganda, acho que também transmite uma frieza, falta de vida, de alegria.
Claro que um cômodo limpo, arrumado, arejado, é muito mais interessante do que cômodo bagunçado.
Quando temos criança em casa a coisa fica bem mais difícil! Haja tempo, paciência e ânimo pra deixar tudo arrumado. Ou nos desgastamos muito, ou deixamos as crianças à vontade, com um horário pra encerrar as brincadeiras e começar a colocar em ordem a bagunça.
Criança deve ajudar a guardar os brinquedos desde cedo, pra acostumar-se com a rotina. 
Com jeitinho e, principalmente, com nossa ajuda, fica fácil. É só uma boa conversa, deixando pensar que eles é que estão 
nos ajudando.
 Uma coisa é certa: casa não tem dia nem hora pra ser arrumada. A rotina é desgastante justamente porque temos que fazer tudo, todos os dias.
Não gosto de dia de faxina, é um cansaço absoluto. Mesmo quando nova, sempre arrumei de acordo a não precisar "daquela" faxina.
Pra facilitar:
Sujou? Limpa. Viu um sujo no interruptor ao acender a luz? Pega um paninho e limpa.
Tirou do lugar? Guarde.
Tirar um dia só pra limpar janelas, por ex.? Cansativo. Escolha hoje para limpar a(s) da sala.
Escolha outro dia para arredar a cômoda e deixar o quarto todo limpo.
Sei lá, cada um tem sua rotina, suas regras, suas manhas e manias.
Por isso é tão cansativo cuidar de uma casa. O dia a dia tem que ser bem feito ou se acumula e quando se resolve dar cabo da bagunça e da sujeira, leva o dia todo e mais um, com cansaço, irritação, reclamação.
Falo de cadeira, pois no estado de ânimo que ando, deixo acumular o que não devia e o resultado é um stress sem fim, uma insatisfação contínua.
Não compartilho da ideia de se fazer "a limpa" na casa, em final de ano. Acho que descartar o que não se quer vale para o ano todo. Não usa mais? Recicle, doe, venda, etc.
O que não vale é acumular e esperar que algum dia seja útil.
Em casa com marido que guarda até prego torto e enferrujado, haja ladainha!

Tô ocupada!

Em minha casa éramos muitos. 11 filhos, pai e mãe.
E sempre 1 só banheiro.
Nem era comum que as casas tivessem suíte. 
Quando finalmente meus pais puderam ter seu banheiro anexo ao quarto, a última filha já estava com mais de 6 anos de idade e algum tempo depois é que vieram mais 2 bebês para a casa. 
E eu já era moça feita. Mas até então, o que se vivia era uma casa sempre cheia, com jovem adulto, adolescente, criança e bebê convivendo às vezes nem tão pacificamente. O serviço  durava o dia todo, mesmo com ajuda de empregada. Afinal, parecia uma mini-creche.
Muitas vezes no dia, o refúgio era o banheiro. Sempre que havia uma brecha nas obrigações, e encontrando-o desocupado, lá ia eu para o banheiro. E quando mamãe chamava, a resposta vinha, gritada: (pra ser ouvida): "- Tô ocupada!" E aí já se sabia que era no banheiro.

 Não que entrasse nele e ficasse olhando para as paredes. Não, havia sempre uma vontade pra ser satisfeita, só que a demora era proposital.
Se no meio do caminho conseguisse uma revista, um jornal, um livro, entrava junto comigo no banheiro e às vezes a perna ficava até dormente, dava tempo de ler um bom pedaço...
Bons tempos. Sempre bom recordar, ainda mais eu, que não me lembro de detalhes da minha vida.
Pra dizer a verdade, quantas vezes me sentei na beirada da banheira e lá fiquei, esperando ver se alguém começava (ou terminava) uma tarefa pra mim? Bons tempos.
           (A banheira era desse tipo, ia de uma parede a outra, e envolvida por alvenaria e azulejos. A cor era um verde escuro, bem bonito).
Enquanto procurava imagens, no Google, encontrei estudos que mostram que ler no banheiro faz bem à saúde. Mas esse é outro assunto, para um outro dia.

A lista

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?

Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?

Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?

Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

(Elaine deixou para mim, em teste. Li, pensando ser uma poesia. Procurei por ela no Google e é letra de música do Oswaldo Montenegro. Deixo o link, pra vc ouvir. 
É uma poesia, claro, uma linda poesia, com a maestria do Montenegro.
Lê pausadamente (como a Beth sabe tão bem fazer) e pensa na verdade das palavras. 
Aproveitei tudo, viu, Elaine? Inclusive a foto. Obrigada!
Intrigou-me o verso:
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?

Ao longo da vida, quantas mentiras temos que dizer?
Quanto nos modificamos, às vezes até para pior, em função de outros?
Quer ouvir?       http://youtu.be/aV99ypbCidw

Descobertas

 
Fadas e bruxas
Metade de mim é fada,
a outra metade é bruxa.
Uma escreve com sol,
a outra escreve com a lua.
Uma anda pelas ruas
cantarolando baixinho,
a outra caminha de noite
dando de comer à sua sombra.
Uma é séria, a outra sorrí;
uma voa, a outra é pesada.
Uma sonha dormindo,
a outra sonha acordada."
(Roseane Murray)
http://www.roseanamurray.com/poemas.asp
http://www.roseanamurray.com/
Se não me engano, li essa poesia publicada no Facebook. Tratei de ir conhecer a autora. Copiei os endereços, pra quem se interessar em conhecê-la. Num país carente de escritores, poetas, incrível ela não ter seu nome conhecido. Pelo menos eu não a conhecia.   
Acho que somos todas metade fada, metade bruxa. Ou não? 
(Foto Google) 
 A Elaine Gaspareto foi a criadora do meu blog. Ela é mestra na arte de personalizar templates, faz do jeito que a gente quer. Para quem estiver interessado, é só clicar no nome dela e chegar ao blog.
P.S.: Gente, sem palavras para  agradecer a acolhida de todos, nesta minha volta. Minha responsabilidade é muita, pois estão me pintando com tintas fortes, como se eu fosse o máximo! rsrs Sou apenas uma pessoa que tenta falar o que pensa e que, melhor ainda, pensa! rsrs Obrigada, em especial, a quem me apresenta de volta, como a Ana Karla, do Misturação. Espero não decepcionar vocês com meus textos. Ainda estou devagar, mas vou me chegando...
Sei que a admiração de vocês vem do acompanhamento dos quase 2 anos e meio em que mantive o blog "De amor e de...", e que com ela vem junto uma espécie de amor (é difícil amar sem nunca ter visto a pessoa), um carinho real (apesar da virtualidade dos blogs) e, então, espero que possamos estreitar nossos laços nessa nova fase minha.