(Des) Considerações

 "Blogar" ou "facebookar" tem muitas vantagens. O FB (Facebook) nem sempre corresponde, pois ele corre muito rápido e podemos perder uma ou outra postagem . Ou seja lá como se chama o nosso pensamento colocado ali, naquele  retângulo que nos pergunta  "No que você está pensando?".
Assim, se ficamos algumas horas sem passar por lá, e se não quisermos ir rolando a página e revendo até a parte em que paramos, muita coisa se perde. Menos os recadinhos que ficam ali, à direita, numerados, nos esperando. E que, pacientemente, clicamos de um em um, para responder (ou não) a quem se comunicou conosco.
Mas o blog, este dá um retorno lindo, em comentários que nos animam, alegram, fazem-nos sorrir (ou chorar), enfim, aqui se chega para uma verdadeira entrega.
Às vezes leio em blogs que o dono teve que deletar um ou outro comentário desagradável e comigo nunca aconteceu, mesmo quando são divergentes do que postei. Acho que ninguém precisa ser indelicado só porque não concorda com algo que leu.
Através do blog fiquei conhecendo muitas pessoas que considero como amigos, ainda que no plano virtual. Algumas já conheço pessoalmente: a Ivana (que fechou seu blog), a Liza (Delirantemente feliz), a Lívia  (Inquietude do pensamento) e a Deusa (Vasinhos coloridos). Meninas que quero manter para sempre em minha vida. Se não fosse o blog, como as conheceria, sendo que uma mora no sul do país, outra no sul de Minas, outra na Alemanha e outra de passagem em BH, vinda do interior de Goiás? Muito pouco provável, pontos tão distintos no mapa.

 Noto que agora meu blog está formado de pessoas mais ou menos da  minha faixa etária e outras muito mais jovens que eu, idades aproximadas das minhas filhas, e são em maior número. E eu as sigo com prazer, comento e muitas vezes deixo um recado como um conselho, mas nem sempre isso agrada.
A vida está muito acelerada, aprende-se algo hoje, amanhã ele já está obsoleto, tudo vem numa vertiginosa carreira.
Enquanto rascunho este post, leio um, no blog da Elaine (Um pouco de  mim), que mostra como fazer um blog crescer, na opinião dela. Com a qual concordo, mas tenho a minha versão. Fiz um comentário grande lá, nem vou falar de novo.
Ultimamente tenho notado comentários rápidos, meio vagos, como se quem comentou tivesse lido muito en passant. Sinto falta dos blogs, hoje fico mais tempo com o FB e não sinto ali  a mesma receptividade dos blogs, no quesito amizade.
                                                        (Orquídeas cultivadas pelo marido)
Quem só tem FB vive mais na era do "fast" mesmo. É passar, ler, deixar um recadinho e pronto.
O blog expõe verdadeiramente nossos pensamentos. Por menos que tenha vontade, atualmente, aqui é meu lugar de encontro com os amigos. Infelizmente a família não me prestigia (acho que isso é muito comum) e por isso conto com o carinho de sempre em pessoas que nunca vi, mas com as quais me identifico.
O FB mostra fotos maravilhosas, nunca identificadas, como estas que escolhi e com as quais homenageio a primavera, que este ano está atípica, com frio e chuva. E agora, parece, vem um calor, também atípico.
Acho que nem a natureza se entende mais. Por que o ser humano, este está mais confuso do que nunca!

De repente 60 ou 2x30 (Estranhos no espelho?)

 A minha amiga Beth, a Lilás, que é também amiga de muitos que passam por aqui, já postou esse texto em seu blog, neste link:   http://supremamaegaia.blogspot.com.br/2011/12/para-os-amigos-que-ja-chegaram-ou-estao.html. Dá uma passada lá e veja se comentou. Além do texto, tem um áudio muito bom. 
Encontrei o texto e quis postá-lo para reanimar-me. (reencontrei, pois além de lê-lo no blog da Mãe Gaia, já o tinha recebido por e-mail e agora o li no FB).
Diz a autora:
"De forma despretensiosa, inscrevi um texto no concurso Prêmios Longevidade Bradesco Histórias de Vida.
Estou chegando de São Paulo, onde fui participar da premiação.
Mandaram um motorista me buscar e me trazer e fiquei num super-hotel nos Jardins, acompanhada de meu príncipe consorte rsrsrssr.
Entre quase 200 concorrentes conquistei o 3o lugar, com direito a troféu e diploma.
Mas, sinto como se tivesse recebido o Oscar, pois os primeiros colocados foram jovens que trabalharam por alguns anos para escrever histórias que mereciam ser contadas.
Meu texto foi o único produzido pela própria protagonista.
O tema central era o relacionamento inter-geracional.
Quase caí da cadeira quando Nicete Bruno, jurada especial me perguntou: "Você é a Regina? Queria muito conhecê-la. Adorei seu texto!!"
Tive, ainda, o privilégio de ser fotografada ao lado da convidada especial, Shirley MacLaine.
É muita emoção, que gostaria de compartilhar com vocês."

(Aqui, uma reportagem sobre a premiação e abaixo, uma foto da autora com Nicete Bruno: http://www.espacovivamais.com.br/noticias/mostrar/2054)
(E indo e vindo, "descobri" um blog da Regina: http://asnovassessentonas.blogspot.com.br/
 DE REPENTE 60 (ou 2x30)
Ao completar sessenta anos, lembrei do filme De repente 30, em que a adolescente, em seu aniversário, ansiosa por chegar logo à idade adulta, formula um desejo e se vê repentinamente com trinta anos, sem saber o que aconteceu nesse intervalo.
Meu sentimento é semelhante ao dela: perplexidade.
Pergunto a mim mesma: onde foram parar todos esses anos?
Ainda sou aquela menina assustada que entrou pela primeira vez na escola, aquela filha desesperada pela perda precoce da mãe; ainda sou aquela professorinha ingênua que enfrentou sua primeira turma, aquela virgem sonhadora que entrou na igreja, vestida de branco, para um casamento que durou tão pouco!Ainda sou aquela mãe aflita com a primeira febre do filho que hoje tem mais de trinta anos.
Acho que é por isso que engordei, para caber tanta gente, é preciso espaço!
Passei batido pela tal crise dos trinta, pois estava ocupada demais lutando pela sobrevivência.
Os quarenta foram festejados com um baile, enquanto eu ansiava pela aposentadoria na carreira do magistério, que aconteceu quatro anos depois.
Os cinquenta me encontraram construindo uma nova vida, numa nova cidade, num novo posto de trabalho.
Agora, aos sessenta, me pergunto onde está a velhinha que eu esperava ser nesta idade e onde se escondeu a jovem que me olhava do espelho todas as manhãs.
Tive o privilégio de viver uma época de profundas e rápidas transformações em todas as áreas: de Elvis Presley e Sinatra a Michael Jackson, de Beatles e Rolling Stones a Madonna, de Chico e Caetano a Cazuza e Ana Carolina; dos anos de chumbo da ditadura militar às passeatas pelas diretas e empeachment do presidente a um novo país misto de decepções e esperanças; da invenção da pílula e liberação sexual ao bebê de proveta e o pesadelo da AIDS. Testemunhei a conquista dos cinco títulos mundiais do futebol brasileiro (e alguns vexames históricos).
Nasci no ano em que a televisão chegou ao Brasil, mas minha família só conseguiu comprar um aparelho usado dez anos depois e, por meio de suas transmissões, vi a chegada do homem à lua, a queda do muro de Berlim e algumas guerras modernas.
Passei por três reformas ortográficas e tive de aprender a nova linguagem do computador e da internet. Aprendi tanto que foi por meio desta que conheci, aos cinquenta e dois anos, meu companheiro, com quem tenho, desde então, compartilhado as aventuras do viver.
Não me sinto diferente do que era há alguns anos, continuo tendo sonhos, projetos, faço minhas caminhadas matinais com meu cachorro Kaká, pratico ioga, me alimento e durmo bem (apesar das constantes visitas noturnas ao banheiro), gosto de cinema, música, leio muito, viajo para os lugares que um dia sonhei conhecer.
Por dois anos não exerci qualquer atividade profissional, mas voltei a orientar trabalhos acadêmicos e a ministrar algumas disciplinas em turmas de pós-graduação, o que me fez rejuvenescer em contato com os alunos, que têm se beneficiado de minha experiência e com quem tenho aprendido muito mais que ensinado.
Só agora comecei a precisar de óculos para perto (para longe eu uso há muitos anos) e não tinjo os cabelos, pois os brancos são tão poucos que nem se percebe (privilégio que herdei de meu pai, que só começou a ficar grisalho após os setenta anos).
Há marcas do tempo, claro, e não somente rugas e os quilos a mais, mas também cicatrizes, testemunhas de algumas aprendizagens: a do apêndice me traz recordações do aniversário de nove anos, passado no hospital; a da cesárea marca minha iniciação como mãe e a mais recente, do câncer de mama (felizmente curado), me lembra diariamente que a vida nos traz surpresas nem sempre agradáveis e que não tenho tempo a perder.
A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo diminuiu, lembro de coisas que aconteceram há mais de cinquenta anos e esqueço as panelas no fogo.
Aliás, a memória (ou sua falta) merece um capítulo à parte: constantemente procuro determinada palavra ou quero lembrar o nome de alguém e começa a brincadeira de esconde-esconde. Tento fórmulas mnemônicas, recito o alfabeto mentalmente e nada! De repente, quando a conversa já mudou de rumo ou o interlocutor já se foi, eis que surge o nome ou palavra, como que zombando de mim...
Mas, do que é que eu estava falando mesmo?
Ah, sim, dos meus sessenta.
Claro que existem vantagens: pagar meia-entrada (idosos, crianças e estudantes têm essa prerrogativa, talvez porque não são considerados pessoas inteiras), atendimento prioritário em filas exclusivas, sentar sem culpa nos bancos reservados do metrô e a TPM passou a significar Tranquilidade Pós-Menopausa.
Certamente o saldo é positivo, com muitas dúvidas e apenas uma certeza: tenho mais passado que futuro e vivo o presente intensamente, em minha nova condição de mulher muito sex...agenária!"
 Não é uma beleza de texto? Só quem está nesta faixa de idade entende-o bem. Você, com menos de, digamos, 50 anos, pode não achar interessante, está muito longe da sua realidade. Mas não é bem assim. "Num minuto" os 60 chegam. E a gente, realmente, fica de frente para o espelho tentando entender quem é aquela pessoa que nos olha...
  Aqui, o filme ao qual a autora se refere. Já o assisti e é a típica comédia romântica hollywoodiana, bem leve. Mark Rufallo vale o filme. Jennifer Garner é engraçadinha, casada com Ben Affleck, com quem tem 2 filhas.

Enterrar ou cremar?

Embora saibamos que a única certeza da vida é a morte, ela parece que sempre nos pega de surpresa.
No dia do velório do meu irmão, ao lado tinha o velório de um garoto de 10 anos.
Qual o "pior"? Qual a dor maior? Quem sabe dimensionar? Quem sabe "escolher" entre um homem de 61 anos e um menino de 10 anos? Os dois eram igualmente importantes, amados, queridos.
Perder meu pai, há 17 anos, teve a sua dor e a sua resignação. Perder um irmão me deu mais certeza da inexorabilidade do destino.
Foi a primeira pessoa mais próxima a mim que quis ser cremado e a primeira cerimônia que vi.
Nunca me agradou a ideia de ser enterrada (agrada a alguém?!), mas também não sei se prefiro ser cremada.
Como não sabia nada sobre a cremação, fui me informar. 
Tudo que encontrei foi baseado, deu-me a impressão, em um único informativo, vi muita repetição.
Aprendi que a cremação é muito antiga, primeiramente foi usada como uma maneira de não deixar que animais comessem o cadáver. Então queimavam-no.
Para algumas religiões, o fogo purifica e liberta a alma. 
E para outras, como o judaísmo, a alma se purifica lentamente, à medida em que o corpo se decompõe.
Para os espíritas, a incineração deve acontecer após 72 horas, que é o tempo que a alma precisa para se separar do corpo.
A prática da cremação também já foi obrigatória, em alguns países, quando havia epidemia, pois só assim havia um bom controle sanitário. E também já foi lei por não haver mais lugares para enterrar os mortos, em países como China e Japão.
Aos poucos, pelo mundo foi se tornando prática normal  e sem restrições religiosas, a não ser entre os judeus e os muçulmanos.
No Brasil é preciso que a pessoa registre em cartório o desejo de ser cremado, ou então que o parente mais próximo testemunhe o desejo do morto.
O primeiro crematório do Brasil foi na cidade de São Paulo, no ano de 1974.
Atualmente praticamente todos os estados brasileiros dispõem de um crematório, sendo que a Grande São Paulo conta com três deles.
O processo todo me pareceu asséptico, frio demais. Para mim, a cremação acontecia logo após o caixão sair de nossas vistas. Há quem informe que espera-se que tenha vários corpos para serem cremados, por medida de "logística" (eu que digo, por isso as aspas) na alimentação do forno. 
No mínimo se esperam 24 horas para a cremação. Enquanto isso, o corpo fica em câmera frigorífica. E é incinerado junto com o caixão, de onde se retiram os metais e vidro (se houver visor) para que não explodam. A fumaça do incineramento é sem cheiro, por passar por vários processos. 
Nem dá para imaginar que se sentisse cheiro de carne humana pelos ares, mesmo. 
Quem quiser conhecer um forno, o Google mostra.
4 dias após a cerimônia, os filhos receberam as cinzas do Carlos. Uma parte, ele quis que fosse espalhada pelo quintal da casa dos nossos pais, onde ainda mora minha mãe. 
E outra parte espalhada ao vento na Serra do Cipó, um dos lugares preferidos dele para passeios. 
(Daqui:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cachoeira_Grande_na_Serra_do_Cip%C3%B3.jpg)

Ainda não estou em mim. Um peso enorme me abateu, não só pela morte em si, como pela tristeza da minha mãe em ver um filho ir-se embora. 
Mas se deixar a dor tomar conta, o que será de mim?
Nada mais certo do que a vida continuar. 
Agora é tocar pra frente e curtir muito todos os meus irmãos que estão comigo. Mesmo com nossas divergências de opinião, mesmo como nossos "arranca-rabos" que duram uns minutos, mesmo com as indelicadezas que possamos cometer. Sempre achei que não viemos por acaso, do mesmo pai e da mesma mãe.
E por que não gosto de fotos, não tenho nenhuma minha com o Carlos. Fica a saudade no coração e a imagem dele na minha lembrança. Claro que tenho fotos dele, mas não comigo. E tenho um auto-retrato, com dedicatória, que depois mostro aqui.
Há dias que bate uma saudade incontrolável e a dor volta, sem trégua. Mas a vida tem que seguir e vamos continuar rindo e nos divertindo, como no casamento de uma sobrinha, sábado. Juntos superaremos nossa dor. E Carlos será sempre uma lembrança boa.
Não sei por que, esta música é a única capaz de me comover agora. Nem sei se ele gostava, mas muito provavelmente sim, pois era um bom apreciador. Não fala de perdas, mas separações. Talvez a melodia me comova mais do que a letra.

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Vai com Deus!

 *03/11/1950 - +08/09/2012

 Carlos Eduardo,
Vivemos juntos, cumprindo um tempo e uma missão.

Inteligente, artista, desenhista de mão cheia, com muitas ideias, muito namorador, acho que os cabelos ruivos eram um charme a mais. E a "conversa mole", o saber conquistar, a capacidade de envolver.
Um guerreiro. Um "herói", um "bandido", um ótimo filho, quando sereno.   Ou, melhor dizendo, um homem com qualidades e defeitos, como todo ser humano. Só usei as palavras entre aspas numa referência à música do Fábio Jr. que tão bem mostrou as contradições humanas, mesmo entre os que se amam tanto.
AMA! Em alguns momentos, muitos, nos dissemos que nos gostávamos. Sei que tinha muito carinho por mim. Não diferente, não maior, mas sabia que eu sabia compreendê-lo, embora nunca aceitasse.
Não quero me encontrar com você por agora. Claro que não. Vou ver seus netos, por você.
Mas qualquer dia, irmão, seja em que tempo for, a gente volta a se encontrar. 

(O texto abaixo foi escrito por outro irmão. Estamos no calor da dor, no meio do redemoinho, mas vai passar.)


Quando eu morrer, saiba que serei estrela.
Brilharei entre infinitos sóis distantes, como cada um dos sóis que me lembram os que já vi partir levando consigo um pedaço de amor que lhes tenho, agora estrelas.
Quando eu morrer, minhas crenças ainda terão sido as mesmas de tantos que, próximos a um tempo qualquer de tantas vidas e da minha que então partir, viveram amores, viveram esperanças, viveram alegrias e viveram a certeza de que um dia, habitarão o infinito que pertence ao único Deus capaz de criar e sustentar o infinito que habitarei.
Quando eu morrer, não peço que esqueçam as mágoas que por ventura houver. Mas quando eu morrer, espero que não haja mágoa a ser lembrada.
Quando eu morrer, do corpo que ora habito não mais precisarei, e dele façam o que melhor puder ser feito: que seja doado, que seja enterrado, que seja cremado.
Quando eu morrer, não quero que alguém pense que as ausências magoarão: estarei ausente do rito que houver, não verei ou ouvirei os choros, se houver, não me molharão lágrimas, se houver.
Quando eu morrer, não quero que pensem no que eu possa ter sofrido: quem parte na esperança do encontro com Deus, parte confortado por anjos e santos, feliz.
Quando eu morrer, não quero que doam saudades, mas apenas que brilhem as estrelas. 

(CJSF 9/9/12)

Recebi um e-mail da Georgia, consolando-me. Respondi a ela, contando um pouco do que o Carlos passou, com sua luta contra o câncer de pele. Ela me respondeu com mais carinho ainda e num determinado momento disse:
"Carlos com certeza foi o teu irmao mais forte embora todos os vissem o mais frágil. Aos olhos de Deus ele era o que mais estava preparado para passar por este caminho."  


Oi, Oi, Oi!

Só para dar um "alô", "olá", "oi", pra quem vem ler e bate com "a cara na porta".
Com um recadinho como esse, não há como deixar às moscas meu blog.
 
ML disse...
Curtindo o novo netinho e deixando o blog pra depois, Lucia?
Perfeito (1as. coisas primeiro).

bjs pra Você , Samuel e os priminhos lindinhos e levadinhos ; > )

bjsssss pra Vocês!

Obrigada, Mônica, por seu carinho e atenção.
Mas, gente, ando numa roda-viva, feito barata tonta, começo um serviço e passo pro outro, ligo o fogo e deixo a água fervendo, abro a torneira e deixo-a vazando, enquanto penso o que quero fazer. (nada disso, não estou fora de mim, tô exagerando).
Só que, realmente, a vida não está pra moleza, não!
Pra quem comentou que minha ex-empreguete ia voltar: BINGO! Ela me ligou hoje, querendo outra chace. (Mas vai cumprir o mês, afinal ia mesmo tirar férias em setembro. Então, só volta dia 17, quando terá um mês que saiu).
Não digo que relação antiga, qualquer que seja, parece casamento? rsrs
E eu, cansada de guerra, vou lhe dar nova oportunidade, claro.
Outro dia li um comentário num blog sobre ainda existirem patroas que querem que empregada rale o dia todo e ainda trabalhe aos sábados e domingos. Bom, trabalhar aos sábados acho correto, uma casa não é uma empresa, que simplesmente fecha suas portas na sexta-feira à noite. (Mas a minha não trabalha aos sábados).
Se você precisa de um médico com urgência, vai dar com a porta do hospital fechada? Então, há profissionais que têm que trabalhar aos sábados, domingos, feriados, dias santos, etc. Tudo é combinado, que elas cobrem seu preço e pronto, relação patrão-empregado, como em qualquer empresa.
Enquanto eu puder pagar, vou ter, sim, a minha ajudante. E enquanto isso, com respeito, amizade e consideração (o que anda faltanto nelas, as empregadas domésticas), sou a ajudante delas em melhorar suas vidas, proporcionado-lhes um trabalho digno e lhes dando oportunidade de terem suas vidas organizadas.
Para quem quer trabalhar, sempre há um bom patrão e um bom emprego, sendo que nenhum é "menor". 
Mas nem imaginava o que ia escrever e caí nesse assunto de novo. Sinal de que é algo que me incomoda.
Ando muito sem paciência comigo mesma, por causa das minhas indecisões e dos meus medos.
Vou vencê-los todos (os medos) ou não, mas sempre me esforçarei.
Percebo que sou ótima pra dar conselhos, mas não sigo muito para mim mesma.
Percebo que o tempo não para (e isso é dito a todo minuto) e que se perco o bonde, bau bau. Mesmo que venha outro em seguida, vai saber se o que perdi era o melhor, né?
Gente, na verdade, costurando esse papo leve, o que vale é estarmos bem fisicamente, jogar a toalha no tempo certo, se precisar, e ter sempre em mente que a grama do vizinho pode parecer mais verde, mas é igualzinha à nossa. 
E que, para bom entendedor, meia palavra basta. Ou um pingo é letra. (Entendeu? Eu também!). 
  
(Meus amores, ML, estão bem, graças a Deus.)