"A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente"

 Qualquer pessoa mais informada sabe que a Internet é terra de ninguém. Aqui se pode tudo, teclamos e todas as telas que queiram leem e reproduzem ...o que querem.
Sempre procuro saber dos textos que leio, não aceito qualquer citação como verdadeiramente do autor que aparece nela.
Enfim, há meses rola por aqui um texto atribuido a uma senhora de 90 anos.
Só que a autora dele, Regina Brett, é uma jovem mulher de 56 anos. Leia:

Regina Brett – não tem 90 anos!

tl_files/destaques/mini_1/123.jpgA escritora até brinca com a situação, mas alerta para informações errôneas, que podem iludir (no mínimo), sobre pessoas, fatos, etc.

"Cuidado com a Internet". Certa vez escrevi as 45 lições que a vida me ensinou, em seguida, acrescentei mais cinco lições para quando eu completasse 50 anos em 2006. Só que alguém mudou a minha idade. Agora lê: "Escrito por Regina Brett, 90 anos."
Fiz 56 anos em maio de 2012.
As pessoas ficam confusas quando vêm a minha imagem. "Não parece ter 90 anos. Ou além de ser abençoada com uma vida longa e produtiva, você também tem um segredo para manter a idade notável! "
Uma senhora disse: "Eu descobri que eram apenas 50. Que decepção! De alguma forma, eu acho, pensaram que estas palavras ditas por mim, seriam melhores se eu tivesse 90 anos ".
Eu não sei como dar a notícia para Berthabelle em Eugene, Oregon Ela escreveu: "Nós somos da mesma idade, exceto que eu nasci em 1 de novembro de 1918. Não é ótimo que ambas tenhamos noventa anos? Carinhosamente, Bertie ".


Regina Brett escreve profissionalmente desde 1986 e desde 1994 possui coluna no jornal The Plain Dealer. Por três anos manteve um programa semanal de rádio. Possui diploma de mestre em estudos religiosos e bacharel em jornalismo. Mais recentemente vem fazendo sucesso com o livro Good Never Blink, 50 Lessons dor Life's Little Detours.

E aqui o texto dela, como o recebi, agora também nem sei se foi isso mesmo que ela disse...Todo cuidado é pouco com o que reproduzimos, procurem sempre saber a verdadeira autoria.

01) A vida não é justa, mas ainda é boa.
02) Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo      

pequeno passo.
03) A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
04) Seu trabalho não vai cuidar de você quando adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
05) Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
06) Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
07) Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
08) Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele aguenta.

09) Poupe para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10) Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11) Sele a paz com seu passado para que ele não estrague seu presente.
12) Está tudo bem em seus filhos o verem chorar.
13) Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.
14) Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15) Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16) Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17) Desfaça-se de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18) O que não nos mata, realmente nos torna mais fortes.
19) Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.
20) Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite não como resposta.
21) Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22) Prepare-se bastante, depois deixe-se levar pela maré.
23) Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24) O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25) Ninguém é responsável pela sua felicidade além de você.
26) Encare cada chamado "desastre" com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27) Sempre escolha a vida.

28) Perdoe tudo de todos.
29) O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30) O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31) Independentemente se a situação é boa ou ruim, irá mudar.
32) Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva...
33) Acredite em milagres.
34) Deus lhe ama por causa de quem Deus é, não pelo o que você fez ou deixou de fazer.
35) Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela AGORA!
36) Envelhecer é melhor do que a alternativa (que é morrer jovem).
37) Seus filhos só têm uma infância.
38) Tudo o que realmente importa no final é que você amou.
39) Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40) Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41) Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42) O melhor está por vir.
43) Não importa como você se sinta, levante, vista-se e apareça.
44) Produza.
45) A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente!



 (Imagem Google e texto aqui)

E então, já é Natal?

 Já começo a ler, aqui e ali, notícias sobre o Natal. Os shoppings, timidamente, ou "acintosamente", como no Ponteio Lar Shopping, de BH, já mostram Papai Noel e cia. com toda sua pompa e circunstância. Desconfio que um Natal tropical me agradaria, mas esse importado, todo americanizado, me deprime. E a perda do verdadeiro sentido dele me entristece mais ainda.
Li no blog da Fal Azevedo, que, tenho certeza, você conhece (se não conhece, nem imagina a figura de pessoa que ela é, com seu humor, sua inteligência, seu palavreado todo próprio, que longe de ser "errado" é uma brincadeira deliciosa de um tradutora bem humorada, paulistana, escritora, gente boa por demais. Então, que li essa pérola, que define bem o que sinto nessa época de Natal. Começa com a citação de um amigo dela (de quem omito o nome e substituo pelos pontinhos) e continua com o que ela mesma pensa da movimentação toda da data.

"....., nosso dalai lama de cueca samba canção, chama o Natal de 'A grande depressão'. Nesta terra de metrôs que não andam (gente, alguém me explica o metrô? Trudia, parada na estação Vila Madalena, ouço moço fofíssimo perguntar "Ixi, será que não era bom a gente sair e empurrar?', gargalhadas gerais, risos de nervoso), as prateleiras lotadas de chocotones do Ben 10, panetones da Barbie, pais-natal de chocolate, estrelinhas e anjinhos. Em breve, muito breve mesmo, Simone avisando com oito semanas de antecedência que "então é Natal". E a criatura lá, presa na imobilidade, na passividade-agressiva, ou na só agressividade, na dor, no CALOR, naquele bando de comida horrorosa pressa época do ano, beijando tias hiper-maquiadas e tios suados, ganhando meia e caneta com luzinha de raio-laser (se bem que os gatos gostam.... da luzinha jedi, não das meias) e repetindo a mesma mentira abjeta e escrota de todos todos todos os anos: é pelas crianças. Pobres das crianças, vocês deveriam se envergonhar de fazer isso com elas."
http://dropsdafal.blogbrasil.com/


Não é isso mesmo? Em nome das crianças, que acreditam em Papai Noel, passamos pelos absurdos que vemos por todo lado, numa movimentação frenética.
Claro que há a parte boa: pelo menos uma vez por ano filhos visitam os pais, seja para cumprir a tradição, seja para realmente estar com eles, talvez morem distantes uns dos outros e não tenham disponibilidade para viajar mais do que esta vez no ano;
tem a parte boa da confraternização (mas pra isso há o dia 1º do ano, que é o da Confraternização Universal), onde amigos se procuram, empresas se movimentam para oferecer um agradinho aos funcionários, nem sempre só bons. Quem nunca ficou meses com um peru no freezer, esperando um dia para fazê-lo, porque a festa da empresa foi perto demais do dia 24 e o menu estava completo, visto que não se sabia que iam dar um peru de presente?  
Tem a parte boa de que todos os corações se abrem ao amor, pessoas fazem uma limpa nos armários, juntam brinquedos, pegam aquilo de que menos gostam e dão para as campanhas de caridade, creches, para fazer uma criança feliz, nem que seja 1 dia por ano.
Claro, também, que têm as pessoas que se mobilizam e fazem campanhas para que se comprem brinquedos para alguém encher um caminhão e levar nas comunidades pobres. E olha só, que criança não fica feliz ganhando uma linda bola de plástico? Ou uma boneca sem cabelos, sem olhinhos, esses apenas desenhados no rostinho, uma roupinha mequetrefe, mas coloridinha? 
Um joguinho de varetas, um baralho, um quebra-cabeças de 12 peças, um caminhãozinho de plástico ou madeira, que vai ser puxado por um barbante nas ruas sem calçamento, com esgoto a céu aberto? (Quem doar, doe um bom presente, não precisa ser caro, mas escolhido com carinho).
Bom, melhor quem faz isso do que quem não faz nada, como eu.
Por que, infelizmente, não gosto da data e não consigo me alegrar com nada, nesse período.
Acho uma tristeza que se negligencie o Dono da festa para que luzinhas coloridas, árvores enfeitadas, um velhinho morto de calor em roupas horrorosas , se tornem os protagonistas.
Sei, também, que há milhares de famílias que cumprem todas as tradições da data, com amor e desvelo, realmente acreditando no seu valor e cumprindo seu sentido religioso.
Mesmo com alegria extrema de ter meus filhos, genro, nora e netos por perto, ainda preciso aprender a gostar de Natal.   

Laços

 
 O Laço e o Abraço
(Maria Beatriz Marinho dos Anjos)  
Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.
 (Este poema circula na internet como sendo de Mário Quintana, mas a verdadeira autora é a citada acima).
 
                           (E para ilustrar bem, o melhor abraço: o de mãe e filho (a). Marcela, minha nora, e Samuel)

E agora?

O nome do juiz que autorizou a retirada das crianças de casa, para adoção: Vitor Manoel Xavier Bizerra (assim mesmo, com i.)
O local onde o caso se deu: na cidade de Monte Santo, BA.
Cinco crianças foram tiradas dos pais e entregues a 4 famílias, para adoção, em São Paulo. Suponho, então, que uma das famílias ficou com 2 das crianças.
O fato se deu em 2011 e em apenas 24 horas as crianças já tinham sido entregues a estas famílias.
Nem vou dizer o quanto foram eficientes. Tantas famílias esperam meses e anos por uma adoção e estas foram feitas no vapt-vupt. (Agora, em Dezembro, sabemos que não foi assim, todos os trâmites foram cumpridos, os pais é que não apareceram no Forum).
Fazem o auê todo para divulgar mas não mostraram onde estão essas crianças, se estão vivas, bem cuidadas.
Por lei, entre tantas outras preliminares, numa audiência tem que haver as duas partes envolvidadas, os adotantes e parentes da criança adotada, ou alguém do Ministério Público, no caso de crianças sem família.
Uma das crianças era um bebê de apenas 2 meses, uma menina. Que agora tem mais de 1 aninho e só conhece essa "mãe" que a está criando. Coloco entre aspas por que é uma pessoa de má fé, que jamais poderá dizer que não sabia de onde vinha esse bebê, em tempo tão rápido, se não passou pelos trâmites legais para a adoção. (Escrevi sem conhecimento dos fatos reais, pois a reportagem é que foi omissa com as informações).
Por mais que o casal seja pobre, o que os deixou levar os filhos foi o medo, a total ignorância de que não há juiz nem lei que tirem filhos dos pais, desde que estes sejam bem tratados. Pobreza nunca foi qualificação para tomar filho de pai e mãe. (Os pais biológicos não são apenas sem recursos, são bêbados, drogados e possivelmente ela se prostitui. Dos 5 filhos, apenas 2 são do companheiro, a menina, bebê na época, não é filha do homem com o qual a mãe vive. Agora ela já tem mais uma criança e espera outra, segundo notícias, não desse mesmo homem...)
Sabe-se que duas das crianças moram em Campinas e os outros em uma cidade vizinha, Indaiatuba.
O que espero é que pelo menos estejam sendo bem tratados e amados.
O que não justifica a atitude dos pais adotivos, que sabiam que essas crianças foram arrancadas dos pais, por mais que possam negar agora. (Segundo consta, tudo ocorreu de maneira legal, eles estavam na fila para uma adoção).
E disso tudo fica a estupefação em ver como as pessoas de pouco rendimento financeiro e intelectual estão sujeitas à maldade humana. Há muita coisa por detrás dessa história, agora virão acusações de todas as partes, inclusive denegrindo as imagens dos pais e avós. (Realmente é o que está acontecendo, mas com testemunhas de que as crianças sofriam maus tratos e eram negligenciadas).
As condições miseráveis em que vivem um número grande de brasileiros assustam mas não sensibilizam as autoridades, pelo visto. O juiz que deu essas crianças para a adoção agiu criminosamente e não pode ficar impune. (Mea Culpa, pois assim não é).
Enquanto isso se fala em morte das crianças, para retirada dos órgãos, ou terem sido traficadas para a prostituição, ou estar em mãos de pedófilos. Mentes maldosas além do necessário.
Prefiro pensar que estão bem, amados pelas pessoas que mesmo de má fé , os adotaram. (Retiro algumas palavras).
E ficam várias perguntas:
Essas crianças deverão voltar para a vida miserável que tinham, mas junto aos pais? (Tenho certeza, agora, de que a resposta é só uma: não!)
E esses pais adotivos, irão abrir mão dessas crianças, deixando-as voltar e viver uma sub-vida, mas ao lado de quem as colocou no mundo? (Espero que não, que a justiça haja e as devolvam aos pais de coração).
Os garotos (com exceção da bebê de 2 meses, menina, todos os outros são meninos, hoje com 7, 5, 4 e 2 anos), acostumados a uma boa vida (espero que sim) por mais de um ano, como se sentirão ao voltar para as suas vidas de pobreza, com pais que nunca lhes poderão dar nada, a não ser o mais fundamental: o amor (Mesmo sendo um pensamento particular, pois não estou no coração dessa mãe biológica, não acredito nesse amor dela pelos filhos).

Talvez os meninos de 7 e 5 anos tenham lembranças maiores desses pais, mas os mais novos certamente já se envolveram emocionalmente com os pais adotivos.
Isso, considerando que estão sendo bem tratados, estão com vida boa, futuro garantido nos estudos, numa educação formal.
Não sei como  a lei vai decidir. 
Espero que esta mãe tenha de volta os filhos e que seja decidido o melhor para eles, mas com a aprovação dos principais envolvidos, que são os pais biológicos.
Esta mãe e este pai têm o direito de ter os filhos de volta. Essas crianças têm o direito de se lembrar, ou aprender, quem são seus verdadeiros pais.
Justiça, agora, é só a de Deus, para iluminar os corações de todos os envolvidos.

(Penso que nem a sabedoria de Salomão daria conta desse impasse. Só Deus mesmo!)

(Informações equivocadas da reportagem da Rede Globo me levou a escrever o post. Reviravolta na versão apresentada me fazem pensar que as crianças têm que ficar com os pais adotivos. E que essa parideira (não é mãe, apenas traz as crianças à luz) seja devidamente enquadrada dentro da lei e esterilizada, para não continuar a colocar inocentes no mundo, para sofrerem).

Aos mestres, com carinho


Não se pode generalizar a respeito de nada.
Por isso meu elogio aos professores, como um todo.
Não é uma profissão fácil e continua desvalorizada pelo Estado.
Sou professora formada no Curso de Magistério, ou Formação.
Ao terminar o 4º ano do Ginasial, optávamos pelos curso de Magistério, ou o Científico, ou o Clássico (este não sei informar do que se tratava, mas me lembro que as meninas mais abonadas o seguiam). Ai, gente, isso foi a long time ago, nem vou dizer quando, mas muita gente vai se lembrar.
Quem seguia o Científico era quem queria fazer o vestibular, continuar os estudos, e o Magistério era um curso profissionalizante, saíamos dele formadas professoras primárias. (Que hoje seria a metade do 1º grau. Quem daria aulas da 5ª à 8ª série teria que ser mais especializada).
Era um curso chamado de "espera marido", pois as meninas se casavam na faixa dos 20 anos, e era uma profissão "permitida" por todos os homens e os pais ficavam orgulhosos em ter filha professora.
Pra dizer a verdade, não troco meu simples curso de Magistério (correspondente ao 2º grau) por nenhuma faculdade que pudesse ter feito. 
Claro que ainda naquele tempo (anos 70) o ensino era outra coisa, outro departamente. 
Levado a sério, professores altamente capacitados. (De novo, sem generalizar).
Tive os melhores professores de BH, estudei no Colégio Municipal, praticamente dentro de uma favela, onde passei 9 anos, ia e voltava a pé, contornando uma (hoje) das mais perigosas favelas da cidade. Na época, favela era comunidade de pessoas sem muitos recursos, montavam seus barracos e iam viver a vida. Não era lugar de bandido, que este anda por todo lado, usa até terno e gravata.
O tempo todo que passei no Colégio, tive apenas um diretor, Prof. Guilherme, que tratava-nos como filhos, inclusive se mudou para perto da escola e seus filhos lá estudavam. Colégio público, na minha época, era de primeira qualidade, competia com qualquer escola particular e ganhava da maioria.
Amei aquele Colégio, por onde passaram muitos nomes importantes.
Meu pai era um expert em Português e ensinou aos filhos o prazer de ler (minha mãe tb era devoradora de livros) e o prazer de escrever corretamente, de recorrer ao dicionário sempre. Por isso sou tão chata nisso, mas acho que é um dever termos cuidado com a língua pátria.
Dei aulas por apenas 2 anos, porque me desencantei da profissão. Trabalhei numa escola estadual, o salário de contratada era miserável, de verdade! E as turmas (lecionei para a 4ª série) já começavam a se desinteressar pelo estudo, as brincadeiras em sala de aula, o desrespeito, já eram comuns, embora eu tenha conseguido levar minhas turmas numa boa, era brava mas gentil e carinhosa.
Casei-me, mudei de cidade, desinteressei-me de vez pelo magistério e hoje lamento não ter seguido minha verdadeira vocação, que é ensinar.
Por isso tenho esse ar professoral, que pode ser confundido com muita coisa, às vezes dando um simples comentário num post. Já li e tomei como indireta, que "as pessoas chegam aqui e ficam dando conselhos, como se eu fosse uma criança e nada soubesse da vida" (algo mais ou menos assim), sem entender que é apenas um lado maternal, um lado de professora, doutrinadora, que é natural em mim e que faço esforço para tirar, mas é difícil.
Para ser professor tem que ter, em primeiro lugar, a vocação pura e genuína.
Professor sempre teve salário incompatível com o desgaste da profissão.
Não é fácil s a b e r ensinar.
Meu carinho e admiração a todos os professores que honram sua missão de formar cidadãos para o mundo, abrindo suas mentes, clareando seus conhecimentos, apontando um futuro melhor para quem se levar a sério.
Aos mestres, com carinho.

Nossas crianças

Dia 11 de outubro é dia mundial do combate à obesidade.
A obesidade infantil anda preocupando muito e "é de pequenino que se torce o pepino".
Quem me acompanha há mais tempo já leu postagens em que falei sobre a alimentação das crianças, visto que meu neto mais velho, Estevão, sempre esteve acima do peso, mas nunca chegou a ser obeso. Hoje, aos 5 anos, já está muito bem, controlou o peso, não sem muito esforço dele mesmo (visto que ele é que deixou de lado as gostosuras) e da mãe, que colaborou da maneira certa: oferecendo alimentos mais saudáveis.
Como são 3 crianças e os dois menores não precisavam de dieta, houve uma dose de sacrifício de todos, mas não reclamaram. Comer corretamente não significa deixar de comer o que é mais chamativo, como um doce, um chocolate, um picolé. Tudo pode ser comido, desde que sob controle.
                Fabrício (3 anos),à esquerda; Estevão (5 anos), no meio; e Henrique (3 anos)

É fácil perceber quando erramos na alimentação dos filhos (da família, de um modo geral), pois engordar  salta aos olhos. 
Encontrei uma frase que mostra o caminho das pedras: "A mudança de hábito alimentar começa no supermercado" (endocrinologista Roberta dos Santos Rocha, jornal Estado de Minas, 11/10/12).
Segundo ela, o refrigerante é o grande vilão da alimentação. E não devemos estocar em casa biscoitos recheados, balas, doces, chocolates e guloseimas em geral. Mas criança adora tudo isso (por hábito, por verem em casa, à vontade) e proibir é difícil, então podem ser liberados nos finais de semana, ou num dia que a família mesmo chegue a um concenso.
Nem precisa lembrar que atividade física é importante, criança adora uma bola, uma bicicleta, nadar, correr, temos que proporcionar condições para que se exercitem.
A parte nevrálgica do problema (depois da própria casa): a escola. 
Algumas já adotaram o hábito de só servirem nas cantinas alimentos mais saudáveis. Mas são oásis no deserto. 
A maioria não se importa e servem de tudo, da pior qualidade, industrializados cheios de sódio, açúcar, conservantes, frituras, etc. Um veneno, a longo prazo.
Uma alimentação que dê valor a frutas, sanduíches leves, (com pão integral, nem sempre saboroso ao paladar das crianças, mas pode-se tentar), suco natural, seria o ideal para um lanche na escola ou no meio da tarde, em casa.
Nessa reportagem que li hoje, um garoto de 13 anos, que chegou a pesar quase 80 kg, dá seu recado: "Percebi que a gente come com os olhos e que dava para controlar, sem deixar de comer o que gosto. Emagrecer não exige sofrimento, só determinação."  
Claro que ele deve ter ouvido essa frase N vezes e a incorporou, tomara que para sempre. 
E enquanto uns são bons de garfo e têm que ser contidos, outros são difíceis de comer, fazendo da horas das refeições uma batalha diária. 
Esta é Letícia, a neta de 4 anos. Magrelinha, saudável, a mãe sempre de olho na qualidade pois quantidade não é com ela!  Nem nas guloseimas exagera. rs
               (A bolsa, difícil agora sair sem ela...A maletinha não sai junto, mas é preciso convencê-la.)

Aproveitando o Dia das Crianças, lembro que não devemos deixar que morra a criança que existe em nós. 
Mesmo que a infância não tenha sido lá grandes coisas (nem todo mundo tem apenas lembranças boas), não há nenhum tempo melhor na vida, o da inocência, do aprendizado, dos encontros com as possiblidades.
E o melhor presente que uma criança pode ter é uma família que a ame, acolha, respeite.

Homenageio todas as crianças em meus netos, mostrando por último, mas não o último, o mais novo deles, o Samuel. Segunda feira ele completará 2 meses de vida. Uma alegria a mais para nós. 


Feliz Dia da Crianças!
E salve a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. 

Tolerância zero!

 (Foto Google)
 Ando sem paciência.
Ou sempre fui assim, não sei.
Sou como aquele persongem da TV, "tolerância zero".
No caso, ele é contra perguntas desnecessáris, mas eu tenho tolerância zero a muita coisa.
Por exemplo: tomador de conta de carro na rua. O que já é um abuso eles existirem. Os famosos "flanelinhas".
E os que ficam com talão de estacionamento, aqui chamado de Faixa Azul, estes correm mais ainda pra lhe arrumar a vaga e ganhar seu dinheirinho. Comprando o talão, cada folha custa 2,50 (não sei se estou errada, há tempos não compro) e pegando na mão deles (dos tomadores de conta), cobram 4,00. 
Bom, usando o raciocínio pequeno, pelo menos eles estão trabalhando, não estão por aí roubando, matando...
(ai, como é duro aceitar que "bicos" substituem emprego que deveria existir pra todos!).
Bom, a semana passada e esta fiquei por conta de fazer meus exames anuais, que não foram feitos em 2010.
Visitei ginecologista, oftalmologista, otorrino, endocrinologista, passei por Raios X , ultrassons, exames de análise clínica.
E haja $$$ para pagar estacionamento!
Decidi que vou andar mais de ônibus.
Caminho e economizo, tudo num pacote só.
Mas voltando ao tomador de conta: arranjou-me uma vaga espremidinha, eu achei que nem daria, pois ia colar no carro da frente e este já estava colado no da frente dele...
O moço me falou que dava, porque esse carro só sairia dali às 18h, era tranquilo.
Como EU SEI fazer manobra (rsrs), lá fui eu. 
E o cara me orientando. Abri a janela e falei pra ele que não precisava, eu sabia entrar na vaga...Ele continou insistindo e eu me embananei toda e não entrei! Daí me posicionei de novo pra refazer a manobra e ele lá, gesticulando feito doido.
Aí disse: "- Aqui, olha aqui, pra minha mãozinha!" (fazendo o sinal de desfazer o volante).
Ai! Pra quê!
Saí do carro e falei: "- Moço, eu sei dirigir, não comprei a carteira."
E ele: "- É, mas não acertou da primeira, eu acertaria!"
Olha que idiotice! Se não estivesse na hora de entrar no médico, ia sair dali "cuspindo fogo"!
Mas voltei pro carro, manobrei e entrei na vaga.
Enquanto ele preenchia o talão, ainda teve a petulância de me dizer:
"- Fica calma, dona. Sei que está triste por causa do seu time, ontem, mas não fica nervosa, não!"
Quis fazer gracinha, adivinhou que eu sou Galo (que perdeu o campeonato mineiro ontem, e ainda mais pro arquirrival Cruzeiro), mas eu fui curta e grossa:
"- Sou atleticana, sim, mas o que me irritou é você achar que eu não entraria na vaga."
E ele: "- É, dona, mas de primeira não entrou, não..."
Por que será que homem sempre tem que achar que mulher não é boa motorista?

(Texto escrito em 2011. Continuo sem tolerância!) E se vc se lembra dele e quer saber o que comentou, clica aqui.) 
(Copiei da Beth. Hihihihi!)

Votar ou não votar: eis a questão.

   Compartilho do pensamento de que não devemos discutir política, religião e futebol.
Nem emprestar livro, DVD (CD,LP) e mulher (marido). Nem gosto de pegar roupa emprestada, mas não me importo de emprestar.
Por ser tão contraditória e mutável, vou falar de política. Aproveitando o momento e tentando mostrar onde estamos errando, na minha opinião.
 A maioria de nós compartilha dos mesmos pensamentos: o Brasil não tem jeito; isso aqui é a "casa da mãe Joana"; todo político é corrupto ou corruptível; isso é uma vergonha, etc.etc. 
Esquecemos que em algum momento, nós, ou nossos pais, ou avós, colocamos estas pessoas no poder. Alguns estão há tanto tempo lá em cima que já deviam ter virado patrimônio nacional. Ou não, visto que não valem a homenagem.
O que me entristece é ver que os mais jovens, na faixa de menos de 40, ou 40 e poucos anos, até mesmo por só terem convivido com essa bandalheira, e que são a força máxima, estão se omitindo.
Direito de cada um. Mas se as velhas raposas continuarem em evidência, como o Brasil poderá melhorar? Ou vamos viver sempre descontentes, desanimados, desacreditando numa possibilidade de melhora?
Votar não é obrigação, minha gente. Votar é direito.
Votando estamos mostrando nossa escolha, não só política, mas moral também. E social. Estamos confiando nosso destino aos eleitos. Que queremos que tenham nosso mesmo ideal.  
O voto pode até não ser obrigatório que continuarei exercendo meu direito de cidadã e tentando acertar em minhas escolhas.
Sabemos o quanto a população de baixa renda aceita suborno dos candidatos, a troco de uma cesta básica, do asfaltamento de uma rua, a implantação de um precário serviço de esgoto, uma dentadura, e etc.
Devemos ter consciência de que nós, os mais esclarecidos, mais instruídos, é que somos a grande força.
Anular o voto é marcar um número de candidato inexistente. 
Votar em branco é não marcar candidato nenhum. No caso das nossas urnas eletrônicas, há a opção de apertar o botão onde se lê BRANCO. (Depois tecle o Confirma, em qualquer caso)

 “Dar uma de avestruz, enfiando a cabeça na areia e deixar o vendaval passar, é a melhor forma de comprometer negativamente o futuro do país”. (Ministro Marco Aurélio Mello). Para ele, já é suficiente fazer uma escolha responsável, que diminua o poder dos corruptos. “O voto nulo só beneficia os que cometeram desvios de conduta no exercício do poder.”  
 Ou:  “O voto nulo vai favorecer patrimonialistas ou, melhor dizendo, ladrões. Eles têm muito dinheiro para gastar nas campanhas políticas e contam com a desinformação do eleitor”. (O polêmico Gabeira). Ambas as citações, daqui.
Abaixo, duas respostas que dei ontem, pelo FB, às indagações de duas amigs blogueiras, pessoas conscientes, inteligentes, mas que estão cansadas de "dar com os burros n'água". Mas são tão novas, têm que acreditar que votando conseguiremos mudar a cara do Brasil, e não o contrário.

"Ai, bonita! Nós somos mulheres fortes, pensantes, temos que modificar isso, temos que cobrar dos políticos as promessas de campanha. Ou, aliás, nem isso, prometem o que é de obrigação que façam. Temos que acreditar que uma hora algum bom político vai se eleger. Para isso temos que exercer nossa cidadania. Como falei, acho que votar é meu direito, não minha obrigação. O que falta em nós é acreditar que juntos conseguiremos acabar com os maus políticos. Ia anular meu voto, mas percebo que isso só piora a situação. Votar consciente e cobrar deles as ações. Beijo!"

"Que tal se, em vez de pular o domingo, a gente votar consciente (não no sentido de que está votando certo, mas no sentido de cobrar do nosso candidato o que foi prometido...). Por pior que seja a situação, ela só vai piorar se nós, os mais esclarecidos, nos omitirmos. Pensei em anular meu voto mas desisti, preciso exercer meu direito de cidadã e esperar por bons políticos. Nunca achei que votar fosse uma obrigação, tenho minha esperança renovada quando voto. Precisamos acreditar! Beijo!"

É isso.Não quero convencer a ninguém, gosto de dizer que cada um sabe de si.
Pra você que, como eu, vai votar, feliz escolha.