Umbigo não é imbigo e nem traz sorte ou azar

"O umbigo é a cicatriz  resultante da queda fisiológica (natural) do cordão umbilical e costuma manifestar-se como uma depressão na pele. 
A palavra umbigo tem sua origem no latim umbilīcus, diminutivo de umbo, com o sentido de saliência arredondada em uma  superfície.
O cordão umbilical resultante do parto costuma cair entre uma a duas semanas após o nascimento, formando assim o umbigo no bebê." (W)

É um tecido morto, depois de cortado, "separando" a mãe do bebê. Quando cicatriza, o que fazer com o que chamamos de "coto"?
Tanta crendice existe, que dá pra rir.
Talvez uma boa explicação seja esta: antigamente os partos eram feitos em casa, com as parteiras. A família pegava os restos do parto e enterravam, pois era o mais correto a fazer.
Com o tempo, vieram as crenças de que se o coto do umbigo fosse enterrado junto a uma roseira, a criança cresceria bonita, saudável, querida.
Se enterrassem num terreno de hospital,  a criança seria médico. 
Se enterrar junto a uma porteira de fazenda, a criança será fazendeiro...
Se jogar no mar, será marinheiro, e por aí vai.
Enterrar era o mais certo, porque se jogassem no lixo e um rato o pegasse, a criança seria um ladrão, corre a lenda. rs
Como pensar que selamos o destino de uma criança simplesmente enterrando um pedaço de tecido, seco, morto, que já cumpriu o seu papel de ajudar a trazer à vida um ser? 
Guardei os cotos umbilicais dos meus filhos, nem sei dizer o porquê. 
Fui olhar agora, para saber se tinham identificação e vi que os guardei, cada um, em um plástico, junto com a pulseira que ficava no meu braço e nos bracinhos de cada um. Só rindo, né? Porque é uma visão feia, um pedacinho de tecido humano mumificado, envolvido com uma tira de tecido, já amareladinha e feia, que também continha o mesmo número da pulseirinha, pra não ter dúvida na identificação.
Hoje a amarração já é feita de outra maneira, com plástico, mais higiênico. 
"Há alguns anos foi descoberto que na camada endotelial do cordão umbilical são encontradas células tronco mesenquimais. Estas, por sua vez, não apresentam função definida, podendo, portanto, transformar-se em qualquer célula do organismo após um processo de diferenciação. As mesmas podem ser usadas para o transplante de medula óssea. Deste modo, atualmente existe a possibilidade de congelar essas células em um banco de sangue do cordão umbilical, para uso posterior caso seja necessário." (Daqui

Qualquer que tenha sido o destino dado ao coto do cordão umbilical do seu bebê, esteja certa (o) de que ele não interfere em nada no futuro deste.


(Este texto, dedico à Adelina)

Não use. (A inveja)




Mudamos pouco, nós, os humanos. O tempo evoluiu e nós não.
Por mais que tudo se transforme, nada se crie, deixamos de lado alguns dons naturais do ser humano.
Dons que devem ser usados para a boa  convivência. Porque para agradar a todos, são precisos dons. E preciosos.
Daí que não se vive em sociedade sem alguns dons, que são de graça, não se aprende em escola nenhuma, a não ser a da vida mesmo.
O dom de ser educado, gentil, atencioso, por exemplo. Aceitar o outro como ele é.
Por mais que se seja ensinado, se não for um dom, não vai atuar em nós.
Acho que isso passa muito por sentimentos. E a inveja move o mundo, não se diga que não.
Lembro-me de que numa blogagem coletiva, há alguns anos, falei que não sentia inveja e fui alfinetada muitas vezes, como se fosse uma mentira deslavada. Não sinto inveja, de jeito nenhum. 
Para mim, a inveja vem junto com o desejo de que aquela pessoa não se realize, não seja feliz, embora não esteja implícito na definição da palavra. 
Não quero o que o outro tem, simplesmente para provar que posso ter. Quero algum objeto que vi, algum bem material, desde que possa tê-lo. Mas só se me agradar mesmo, não simplesmente para mostrar à pessoa que posso tanto quanto ela.
A inveja por bens materiais é, talvez, "menos nociva" do que a inveja que se tem do que a pessoa é. (Em matéria de beleza, poder aquisitivo, vida amorosa e social, etc.)


 Se posso ter aquele carro que a amiga tem, que seja porque gostei mesmo, ela me mostrou as vantagens, a qualidade. Mas se compro o mesmo modelo de carro, decoro minha casa com os mesmos objetos que ela, quero saber onde comprou aquele sapato, ou vestido, e compro igual, vou ao mesmo salão,uso o mesmo corte de cabelo...Pode parecer admiração, mas de verdade é inveja.  
Invejar o que o outro é pode ser pior do que invejar o que o outro tem.
Se não somos iguais, seja por incapacidade física ou intelectual, melhor admirar do que invejar.
A inveja frustra o invejoso, por não poder alcançar o que o outro alcançou.
Seria tão melhor que cada um vivesse a sua vida e deixasse a do outro em paz...
Uma boa semana para todos. Vou ali, volto já.

O que são "histórias de amor"?


Em agosto comentei num post da Renata Boechat sobre o assunto abaixo.(http://www.eternosprazeres.com/2013/08/escuto-historias-de-amor.html)
Fiquei curiosa e fui procurar sobre esse acontecimento, encontrando o texto abaixo:

Escuto histórias de amor
 Ação realizada entre os anos de 2005 e 2012 em nove países: Alemanha, Itália, Espanha, França, Chile, Canadá, Brasil, Portugal e Dinamarca.
Em lugares públicos de cada cidade (o centro de São Paulo, o Jardin des Touleries em Paris, La Rambla em Barcelona...) a artista sentou-se tendo ao seu lado um cartaz que anunciava no idioma local "Escuto histórias de amor".
Enquanto tricotava uma lã vermelha, esperava por pessoas que quisessem lhe contar uma história.
Uma câmera, ao longe, registrou a ação.
A reação das pessoas foi variada e em alguns lugares ninguém falou com ela.
Em outros, ela escutou diversas histórias diferentes.
As ações foram registradas em mídia digital e uma vídeo-instalação com os filmes de seis países foi exibida em Toronto, no Canadá, em junho de 2008, no Mercer Union, Centre for Contemporary Art.
Os filmes não têm som e a vídeo instalação conta com um som único, editado com vozes em diferentes línguas e outros ruídos cotidianos dos espaços públicos.
As histórias de amor não podem ser ouvidas. Ficam guardadas no barulho das ruas e na trama do tricô vermelho.
 
 http://www.anateixeira.com/historias.htm   Neste endereço vc vai ver imagens sobre o assunto.
A autora da ação é a brasileira, paulista, Ana Teixeira. Com um par de agulhas de tricô, um novelo de lã vermelha, um banquinho e um cartaz onde se lia "Escuto histórias de amor" ela percorreu 9 países. Pergunto-me que histórias foram contadas, no sentido de entender se "histórias de amor" são apenas as passadas entre duas pessoas (homem/mulher) ou se há vários enfoques, como falei no meu comentário no post da Renata.


 Lúcia Soares21 de agosto de 2013 17:07
Mas será que "história de amor" só se refere a amor homem-mulher?
Pode ser uma história de amor entre mãe e filho/ pai e filho/ mãe e filha/ avó e neto/ amiga e amiga...
Uma história de amor envolve uma ou mais pessoas, não necessariamente homem e mulher vivendo o amor.
Minha história de amor tem muitos personagens.
É a história da minha vida.
No amor dos meus pais, que se amaram e se deram 10 filhos; no amor desses irmãos, que se perpetuaram e agora somos 100; no meu amor com meu amor, no amor dos meus filhos, que agora se dividem para os netos... Minha história de amor é a minha vida.
Beijo, Renata.



(aqui, uma entrevista com Ana Teixeira: http://www.aletria.com.br/pagina.asp?click=121&area=10&secao=10&site=1&tp=12&id=2749


Causos

Na 3ª feira, saí com uma amiga. Pra não ficar na rua, sujeitas a chuvas e trovoadas, encontramo-nos num shopping. 
Tinha certeza de ter 10,00 na carteira. Ainda cheguei a ir ao banco, dentro do shopping, a fila enorme, cômodo abafado, desisti. Chegando ao caixa para pagar o estacionamento, só tinha uma nota de 5,00. Deu 9,70. Minha amiga vasculhou toda a bolsa e encontrou só 2,30... Não tinha ninguém atrás de nós, na fila. Falei com a moça que iria até o banco, nisso chegou uma moça, ouviu nossa conversa e pediu à moça do caixa que aceitasse o ticket dela, para acertar. A moça disse que não podia aceitar nenhum pagamento enquanto não desse baixa no meu, pois já tinha registrado.Perguntei se podia pagar com cartão, não podia. Falei que se o caixa estava "preso" e o banco estava cheio, como íamos fazer? A tal  moça, impaciente, perguntou quanto faltava, a caixa disse 2,40 e ela deu 3,00 para pagar. Olhei pra ela, agradecendo e me desculpando por travar a fila (que agora já tinha umas 4 pessoas, todas olhando com cara de poucos amigos pra mim e pra minha amiga). Nós, bem arrumadas e sem um tostão nos bolsos. rsrs  E a moça disse, sem um pingo de simpatia: "Pode deixar, se acontecesse com minha mãe, gostaria que alguém a ajudasse". Isso com uma cara bem fechada. 
E nem era tão novinha pra achar que  eu podia ter a idade da mãe dela. Eu, heim!!!

Na 5ª feira, saí de novo, fui ao shopping (outro), não consegui resolver o que queria e fui para o centro da cidade. De ônibus. Quando estava no ponto, lembrei-me que só tinha uma nota de 50,00. (comigo é assim, calça de veludo ou bumbum de fora, né?). Uma mocinha no ponto, perguntei a ela se sabia se o trocador dava troco pra 50,00 e ela disse que achava que não. Fui a 3 comércios por ali e nenhum trocou a nota pra mim. Voltei pro ponto e falei que paciência, se o trocador não tivesse troco, eu viajaria de graça. rs Ela abriu a bolsa e ia tirando o dinheiro, falando que tinha trocadinho, me daria. Recusei, claro! Uma menina simples, que talvez precisasse do dinheiro depois e me ofereceu com a carinha melhor do mundo.

Achei interessante os fatos acontecerem tão próximos um do outro. Um por falta de dinheiro e outro mesmo com dinheiro, situações incômodas.
E pessoas diferentes, cada uma com sua generosidade.
A moça do shopping, apesar do gesto de delicadeza, o fez quase que por obrigação, por estar impaciente, com pressa.
A moça do ponto do ônibus, abriu sua bolsa e seu coração, generosamente. Uma baita diferença.
Guardei vagamente o rosto da primeira moça e espero que um dia lhe possa retribuir. Quem sabe?

En passant

Blog mais xinfrim, gente, tão parado! Não ando uma boa companhia, fico assim quando meus amores vão embora. Custo a me recuperar.
A semana foi linda e, junto com a alegria de mais um casamento na família, tivemos a marca de 1 ano que o Carlos se foi. E por mais que a gente ria e se divirta, sempre fica o vazio da ausência dele.


Aí, os netos vieram, acalentaram meu coração, se foram e fico de novo perdida.
Não adianta ser racional, não sei lidar com essa distância, essa saudade, por mais que entenda que é necessária.
Enfim, tá bom. Sem chorumelas. 
Tanta coisa acontecendo, o mundo continua girando e não adianta ficar parado, vida é movimento.
Meio com preguiça de Facebook, de internet, tudo muito igual, acho que passei da idade...
Cansada.
Triste.
Chata.
Tanta coisa pra falar, O Brasil nesse caos, e me calo.
Cansei de ter razão. Ou de não ter. De provar que tenho. Ou não.
Isso passa.

Escrever bem é preciso

 Este texto bem humorado circula na internet e o  jeito com que foi escrito pode ensinar mais do que uma aula formal. São dicas preciosas para quem gosta de escrever. Muito se tem falado, no Facebook, dos erros primários que têm aparecido, pessoas que não se preocupam com a maneira correta de escrever as palavras. Quando falamos, algum erro pode passar desapercebido, mas quando escrevemos é fundamental que as palavras tenham a grafia correta. É nossa língua pátria, não é para inovar nas palavras, elas existem há centenas de anos, não podem ser mudadas ao nosso prazer.
E um texto bem escrito, limpo, leve, com ideias bem definidas, é muito melhor de ser lido.
Leve a sério as dicas, mesmo elas sendo feitas em "tom" de brincadeira.

20 dicas para escrever bem

1. Evite repetir a mesma palavra, porque essa palavra vai se tornar uma palavra repetitiva e, assim, a repetição da palavra fará com que a palavra repetida diminua o valor do texto em que a palavra se encontre repetida!

2. Fuja ao máx. da utiliz. de abrev., pq elas tb empobrecem qquer. txt ou mensag. que vc. escrev.

3. Remember: Estrangeirismos never! Eles estão out! Já a palavra da língua portuguesa é very nice! Ok?

4. Você nunca deve estar usando o gerúndio! Porque, assim, vai estar deixando o texto desagradável para quem vai estar lendo o que você vai estar escrevendo. Por isso, deve estar prestando atenção, pois, caso contrário, quem vai estar recebendo a mensagem vai estar comentando que esse seu jeito de estar redigindo vai estar irritando todas as pessoas que vão estar lendo!

5. Não apele pra gíria, mano, ainda que pareça tipo assim, legal, da hora, sacou? Então joia. Valeu!

6. Abstraia-se, peremptoriamente, de grafar terminologias vernaculares classicizantes, pinçadas em alfarrábios de priscas eras e eivadas de preciosismos anacrônicos e esdrúxulos, inconciliáveis com o escopo colimado por qualquer escriba ou amanuense.

7. Jamais abuse de citações. Como alguém já disse: “Quem anda pela cabeça dos outros é piolho”. E “Todo aquele que cita os outros não tem ideias próprias”!

8. Lembre-se: o uso de parêntese (ainda que pareça ser necessário) prejudica a compreensão do texto (acaba truncando seu sentido) e (quase sempre) alonga desnecessariamente a frase.

9. Frases lacônicas, com apenas uma palavra? NUNCA!

10. Não use redundâncias, ou pleonasmos ou tautologias na redação. Isso significa que sua redação não precisa dizer a mesmíssima coisa de formas diferentes, ou seja, não deve repetir o mesmo argumento mais de uma vez. Isso que quer dizer, em outras palavras, que não se deve repetir a ideia que já foi transmitida anteriormente por palavras iguais, semelhantes ou equivalentes.

11. A hortografia meresse muinta atensão! Preciza ser corrijida ezatamente para não firir a lingúa portuguêza!

12. Não abuse das exclamações! Nunca!!! Jamais!!! Seu texto ficará intragável!!! Não se esqueça!!!

13. Evitar-se-á sempre a mesóclise. Daqui para frente, pôr-se-á cada dia mais na memória: “Mesóclise: evitá-la-ei”! Exclui-la-ei! Abominá-la-ei!”

14. Muita atenção para evitar a repetição de terminação que dê a sensação de poetização! Rima na prosa não se entrosa: é coisa desastrosa, além de horrorosa!

15. Fuja de todas e quaisquer generalizações. Na totalidade dos casos, todas as pessoas que generalizam, sem absolutamente qualquer exceção, criam situações de confusão total e geral.

16. A voz passiva deve ser evitada, para que a frase não seja passada de maneira não destacada junto ao público para o qual ela vai ser transmitida.

17. Seja específico: deixe o assunto mais ou menos definido, quase sem dúvida e até onde for possível, com umas poucas oscilações de posicionamento.

18. Como já repeti um milhão de vezes: evite o exagero. Ele prejudica a compreensão de todo o mundo!

19. Por fim, lembre-se sempre: nunca deixe frases incompletas. Elas sempre dão margem a


As dicas terminam aqui, no número 19. Certamente, mais uma brincadeira do autor.


(JB Oliveira - A autoria dessas dicas é atribuída a ele. Mas como não tenho certeza...Procurei por ele, encontrei um blog ótimo. Fiquei fã. http://blogdojboliveira.blogspot.com.br/)

Coisas que me irritam/ Parte 1


Como aceitar comparações entre as duas mulheres?
Rolou há tempos em e-mails e agora aparecem no Facebook as fotos das duas mulheres.
Uma, Nigella Lawson, cozinheira inglesa, 53 anos, famosa por sua comida calórica, gordurosa, cheia de cremes, manteiga, doces, etc. Seus programas mostram não só as receitas, mas seus hábitos de vida, onde não economiza nos atos de comer e tomar seus drinks, "assaltando" a geladeira à noite, mesmo depois de chegar de uma festa onde comeu e bebeu. Claro que ela se cuida, está em forma, mais arredondadinha, que é mesmo o mais bonito para a idade dela. Nada de perseguir uma forma de beleza.
Ela é bonita por natureza e a foto foi produzida, posada, impossível estar feia.
A comparação feita com a nutricionista escocesa, também de 53 anos, Gillian McKeith e foi uma brincadeira de mau gosto. Primeiro porque ela não é uma mulher bonita, mesmo bem produzida, e ainda arrumaram uma foto péssima, instantânea. Mesmo que a comparação fosse entre as duas fotos, ainda assim Nigella "levaria vantagem".
A nutricionista tem um programa de reeducação alimentar, (passava no canal GNT, não sei se ainda passa)  onde ela trata pessoas obesas, com péssimos hábitos de vida, levando-as a uma modificação drástica e novos hábitos, claro que saudáveis, com resultados duradouros, desde que seguidos para sempre.
Para uma vida saudável ela recomenda uma dieta com muitos frutos do mar,frutas,grãos,nozes,queijos magros, tipo tofu e, claro, atividades físicas. Uma dieta radical, mas saudável, própria para quem está muito acima do peso, com pressão alta, colesterol e glicose idem, enfim, com o organismo totalmente comprometido pelos excessos.
O texto apresentado abaixo das fotos termina com a pérola, mais ou menos assim: "para ser gostosa, tem que comer coisas gostosas."
Claro que o intuito foi uma brincadeira, mas quanta gente pode achar a comparação justa?
E quanta gente vai compactuar com o fato de que o que vale na vida é ser bela, o resto é resto?
Tem coisas que me irritam profundamente.