Mostrando postagens com marcador Amizade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amizade. Mostrar todas as postagens

Amigos, amigos. Eleições à parte.

 Tenho me excedido nas postagens sobre as eleições, de pura indignação quanto aos candidatos, embora já definida minha posição. Não sei ficar sem me manifestar e posso garantir que não desfiz amizades por causa disso, coisa tão irreal de pensar e que tem acontecido. Guardei o texto da Ana, minha amiga, uma moça de 22 anos, altamente capacitada para falar sobre qualquer assunto, uma querida, que leva a vida a sério, e aproveita muito, tanto para se divertir quanto para cuidar do seu futuro. Eis o texto, que ela não quis guardar em seu blog, que está meio parado, por falta de tempo mesmo, pois ela trabalha em dois empregos e estuda à noite. Tudo por esforço dela e dos pais. Não ganha nada do governo.

"Ok, me abstive ao máximo de me pronunciar sobre as eleições. No meu Facebook tem eleitores de todos os gêneros: os fanáticos, os que só reclamam de tudo, os que só acusam e ironizam o adversário e aqueles que eu realmente respeito e considero ainda mais, os que se ocupam meramente de expor os lados bons do seu candidato e, no máximo, fazem alguma piadinha sobre o adversário que está longe de subentender "os eleitores deles são os problemas do universo". 
Antes que perguntem meus votos, já digo que não sou uma pessoa politizada. Não acompanho, de modo geral, política. No geral analiso tudo pela postura dos políticos diante de pontos que me interessam, como educação. No fundo isso é só resultado do meu modo individualista de encarar o mundo. Sou das que acredita que mais vale tentar fazer boas ações no dia a dia do que esperar que, de um dia pro outro, alguém torne essas boas ações leis. Pra mim mudar a nós mesmos aos poucos tem mais futuro do que esperar que políticos resolvam tudo, afinal políticos são pessoas e todo ser humano tem seu lado bom e ruim, os quais são classificados de acordo com a vivência, experiência, cultura e crença de cada um.
Enfim, o que me faz escrever agora é ver amigos se estranhando por política. Na blogosfera tomei um hábito: comentar só no que me agradava. O mesmo faço em relação a música e literatura: espalho aos quatro ventos o que gosto até enjoar todo mundo e me abstenho de comentar o que não gosto. Sigo a mesma lógica no Facebook.
Esse é um espaço pessoal de cada um, para cada um pôr suas ideias e opiniões, acho desnecessário que alguém que se oponha a uma postagem vá lá discutir com seu autor. E, pior, discutir coisas que, de modo geral, nem têm relação direta com o que foi dito.
Ler A, entender B e discutir C. É como futebol: acho que se idolatra e se odeia seu time só ao lado de seus companheiros de torcida; que se faz piadas inofensivas só para quem sabe levá-las na brincadeira e quando se sabe fazer de forma dosada; mas que jamais se vá implicar, menosprezar ou ironizar ininterruptamente com o adversário. Isso pra mim é falta de respeito e de não ter o que fazer na vida. É o tal de "trate os outros como gostaria de ser tratado". Desculpa, mas se alguém quer ser atormentado com discussões sem fundamento a todo momento, é alguém em busca de atenção ou outra coisa do gênero.
O que estou pedindo é o mínimo de respeito às opiniões e aos espaços individuais de cada um no Facebook. Têm opiniões diferentes? Legal. Se sabem debatê-las respeitosamente (o que eu entendo por ouvir e refletir sobre a opinião do outro), o façam. Se não sabem, se calem. Não se estraga amizades por causa disso. Não fiquem colocando candidatos em pedestais - eles são humanos e, consequentemente, não-perfeitos; também não fique ridicularizando e ironizando o adversário - afinal, se ele não é bom pra ti, em algum momento da vida deve ter feito algo de bom por alguém, e se não fez, ele merece o mínimo de respeito, afinal só se cobra respeito alheio quando se tem respeito pelos outros.
Encerro com o que me disseram várias vezes na minha época de fanatismo futebolístico: "Por que toda essa energia e exaltação por causa de um time? Por que essa violência (e aqui me refiro à violência moral)? Por acaso estão te pagando algo pra isso? Tu acha que pra eles vai fazer alguma diferença que tu se mate ou perca um amigo por eles? Não. Torça, tudo bem, mas a vida não é só futebol, então não viva à base dele."
Ana Seerig - 16/10/14

E, é isso. Não vou brigar nem criar inimizade com ninguém, cada um tem sua crença, sua convicção em seu candidato. 
Como digo sempre, quero que ganhe aquele candidato que realmente esteja sendo sincero e leal com seu eleitor e que governe para o povo.

Amigo é coisa para se guardar...

Não sou uma pessoa segura.
Nessa altura da vida, admitir isso é uma condenação. Não vou mudar, mesmo que me esforce.
Preciso da aprovação das pessoas, mas não preciso de luz de holofotes. Fico na minha, remoendo o que me incomoda e deixando as coisas se assentarem, internamente.
Por isso acho que sou boa com as palavras, escrever é muito fácil, chega a ser um desabafo.
Vejo tantas pessoas serem tão positivas, de bem com a vida, parece que nada as atinge, que a vida é só cor de rosa, e me pergunto o poder que essas pessoas têm dentro de si, se entendem o quanto são abençoadas.
Aceito qualquer pensamento divergente do meu, mesmo que não mude o que penso.
Mas acho triste, numa rede social, entre amigos (supostamente) que uma pessoa pense diferente de você e vá a outras postagens, rir da sua posição, comentar entrelinhas, mas para bom entendedor...Né?
Ao mesmo tempo que sou insegura emocionalmente, sou seguríssima nas minhas atitudes. 
Se sou amigo, sou amigo. 
Entregar-me é normal. Nada me serve mais ou menos.
Ou gosto, ou não gosto.
Ou quero, ou não quero.
Ou sinto, ou não sinto.
Nunca sem meios-termos?  Sim, também com meios-termos.
Porque não sou dona da verdade. Porque posso me equivocar. Porque posso mudar de ideia.
Quantas vezes, ultimamente, pensei em deletar meu perfil no FB? Muitas. Mas se o fizer, não volto mais. E não quero deixar para trás tantos amigos que fiz, de verdade. 
Alguns que já conheço pessoalmente e que foram exatamente o que pensei. Um encontro programado por Alguém, que nos juntou porque sabia que seria bom para ambas as partes.
Gente que acrescenta em minha vida, mesmo que só nos tenhamos visto uma vez, mas colamos coração com coração e sentimos que não é a distância que nos separa o empecilho para uma amizade real.
Sei ser dura, sei ser grosseira, sou brava, sou positiva no que penso, mas realmente não sei lidar com quem aparentemente me abraça enquanto ri de mim, sobre meu ombro.
Ilusão? Para que se doar, "isso aqui é só uma brincadeira", "se for se incomodar com tudo o que lê...", "não sinta como se tudo fosse indireta para você". 
Mas a gente sabe. E, porque gosta, sofre.
Estou me desgastando, estou chateada, estou sem saber se volto para o "play" (playground). 
Uma ovelha que se afasta do rebanho é procurada exaustivamente pelo pastor.
Eu também, entre tantos amigos, procuro aquele que se separa de mim, inexplicavelmente.
Mesmo porque, se fosse amigo mesmo, viria até mim e me contaria o que o/a aborrece. 
Pensando bem, nem sei se isso é insegurança minha. Vai ver que não, né?
Vai ver, eu é que estou certa. 
Amar faz muito mais bem do que mal.
(Acabei se "subir" o post e fui ao FB, fechá-lo, quando me deparo com esse cartaz. Nada, nunca, é por acaso)