Da maioria, claro. Ainda acho que estou na minoria pensante e avaliadora.
Não há como defender esse estado de coisas sem ser parcial.
Não há como defender gente que rouba, que tira o dinheiro público do lugar em que deveria estar e o coloca nos bolsos.
Não há defesa para o ladrão. Talvez o que roubou uma lata de sardinha para matar a fome dos filhos seja preso. Mas o chamado "ladrão de colarinho branco"...
É verdade, muitos estão presos, mas muitos ainda faltam para serem julgados, alguns ainda nem capturados.
Hoje estamos tentando "fazer a limpa" no país, mas não é mérito da presidente em exercício.
É que a roubalheira tomou proporções tão grandes que não dava mais para ser ignorada. Nem uma presidente omissa e inadequada podia impedir que tudo viesse à tona e se esclarecesse.
Não se sabe nada dela, nas delações, mas certamente ela tem culpa, porque foi conivente. Não é possível que em quase 14 anos dentro do governo ela desconhecesse o que se passava. Não entrou no meio, talvez, não se beneficiou, ok, mas sabia de tudo e participou da farsa.
E mentiu, enrolou o pobre com sua Bolsa e suas casas, mas não lhe deu emprego, não lhe deu escolas, não lhe deu condições de caminhar com suas próprias pernas.
E o Brasil ainda é o país dos contrastes, com cidades com boas estruturas, cidades média batalhando para crescer, mas o dinheiro é sugado para os cofres federais e desaparece do jeito que sabemos.
E há as cidades, vilas, vilarejos, eternamente esquecidos. Onde ainda falta energia elétrica, onde não há escolas, onde crianças ainda andam léguas para frequentar uma, ou andam em ônibus caindo aos pedaços, passam por pinguelas ameaçadoras, chegam nas escolas mortos de sono e de fome.
E muitas vezes, nada comem. E fazem o caminho de volta para a casa com o coração e o estômago nas mãos.
E ainda há os que falam em justiça social e vivem encastelados.
Acostumaram-se com mentiras históricas e agora, sabe-se lá como contarão esta fase que estamos vivendo.
Não fazemos política a sério no Brasil, desde o começo.
A terra aqui era pródiga e o interesse maior foi para dilapidar os bens naturais, a riqueza sempre falou mais alto.
Sempre, no mundo todo, e em todos os tempos, haverá as diferenças sociais.
Porque o mundo é assim e não vai mudar.
Porque estamos predestinados e temos que lutar, se quisermos mudar.
Sempre haverá o opressor e o oprimido, não lutemos contra moinhos de vento.
Cada um, e só ele, cuida do seu destino.
Somos o que queremos ser.
Ninguém vai fazer por mim o que eu não deixar.
Há tanta incoerência entre o que é a nossa realidade e o que algumas pessoas enxergam, que dificilmente sairemos disso.
Não há harmonia, não há irmandade, estamos uns contra os outros, como se nossos destinos fossem diferentes, como se vivêssemos em 2 Brasis, que darão a cada um exatamente só aquilo que querem.
Eu estou fora de discussões, agora.
Chega de ler e ouvir mentiras, chega de enganação.
Só o tempo nos contará a verdadeira história.
Vou continuar falando por mim, e aqui, que é um espaço mais reservado.
O Facebook se tornou lugar de disputa, de brigas inúteis e fúteis.
Lá é meu play, agora.
Aqui será conversa séria.
