Famílias e Impactos Tecnológicos/BC

http://pensandoemfamilia.com.br/blog

Sem dúvida, a vida de hoje é bastante diferente da vida do meu tempo de criança, adolescente, adulta jovem.
Com tanta tecnologia, as famílias têm uma nova visão da vida.
A comunicação hoje se faz num segundo, há excesso de informações, cada um vive num mundinho particular, absorvendo (nem sempre boas) novidades globais.
Da metade dos anos de 1970 para cá, houve uma revolução na comunicação e sabemos o que quisermos, através de textos, imagens, sons. 
É tanto nome, tanta sigla, tantas possibilidades, que um aparelho surge em um ano e no outro já é quase obsoleto. Mudam, às vezes, apenas o tamanho e pronto, todos querem "aquele". 
São tantas funções que a maioria não utiliza nem a metade delas, mas precisa ter seu moderno aparelhinho.
Então, vamos de computadores, câmeras de vídeo, CD's, DVD's, cartões de memória, pendrives, celulares, TV a cabo (ou com antena parabólica) e todas as outras possibilidades da tecnologia.  
A  internet e os celulares nos oferecem o mundo com os websites, as home pages, o podcasting, enciclopédias, tantos nomes em inglês, e siglas e "I"  isso e aquilo. 
Brinco que são Ipod, Inãopode, Ipede, Iquilo, uma loucura!
Não entendo e não preciso da maioria!
Mas, em contrapartida, é uma benção poder ver os netos através dos recursos das webcam's., do Skipe, ou apenas uma conversinha in box, no Facebook. 
Para quem vive longe de pessoas da família, sem dúvida a tecnologia veio somar.
Só não entendo (ainda?) o prazer de trocar um livro (físico) pelo digital. Ler, para mim, é tocar no livro, virar as páginas, sentir o cheiro (da folha nova ou aquele cheiro característico do livro "velho").
E jamais trocar o prazer de estar na frente do computador pelo prazer de estar à solta, na natureza, apreciando o que tão generosamente temos à vista.
Ainda não entendo (nem sei se um dia entenderei) a necessidade de uma criança de 8 anos, por ex. (conheço casos de mais novas que isso) terem um celular. 
Ou uma casa ter um aparelho de TV, DVD, som, para cada quarto de filho.
Ou que as crianças precisem de um laptop, ou um tablet.
Não importa que os pais possam comprar (muitos se sacrificam para isso), importa é que a criança está perdendo a vida para se enfiar nessa tecnologia que vai lhe dar, talvez, um pouco mais de conhecimento em tempo record, mas não necessariamente um amadurecimento que acompanhe essa "evolução". Além do que, como controlar, o tempo todo, o que sua criança vê ou lê no computador?
As famílias estão se modificando, sem dúvida, em nome da tecnologia. 
Recentemente vi uma imagem, no Facebook, que estranhei e compartilhei por lá. Algumas pessoas comentaram que na casa delas era assim mesmo. A mãe no Facebook (por ex.), o pai trabalhando on line, o filho estudando...
E um apresentador de Tv famoso, dizendo que estava ele, a mulher e duas filhas, numa mesma sala, daí as mulheres começaram a rir (sem conversarem entre si, cada uma com seu laptop e ou sei lá que aparelhinho, nas mãos) e ele viu que estavam rindo da mesma coisa, que compartilhavam.
Claro que a imagem é exagerada, mas caminhamos para isso? (Esta era a imagem que vi no FB e encontrei hoje no blog da Chica e trouxe pra cá).
Meus netos já brincam com os aparelhos dos pais, antes mesmo dos 4 anos já passavam o dedinho pela tela, mudando a figura. A gente se encanta, mas é preciso muito cuidado contra os exageros. 
Ainda mais que nada se fala sobre o que significa para o corpo humano ficar horas exposto a essas telinhas que, parecem, são hipnotizantes! 
Aos pais de filhos pequenos, aconselho sairem mais de casa, deixando os tantos aparelhinhos guardados. Passear no parque, fazer uma excursão a uma cidadezinha perto, ir ao cinema, ao teatro, soltar pipas, tomar um sorvete. 
Aos pais de filhos pré-adolescentes e adolescentes, monitorar o que os filhos estão vendo, ouvindo, escrevendo. 
O melhor meio de comunicação é a oralidade, olhos nos olhos, de preferência sem a interferência de uma câmera.
O modelo de família pode ter mudado, mas o conceito de família, não.
E nada melhor para descrever a família do que a comunicação entre as pessoas, claro que cada uma com sua individualidade, mas todas inseridas no mesmo propósito, que é o de (com) partilhar o mesmo espaço.
Mais vale um abraço, uma conversa tête-à-tête, um beijo carinhoso, uma leitura antes do sono, do que um laptop nas mãos...(ou um tablet...ou um "I-qualquer-coisa"...) 
Embora se pense que não mais conseguiríamos viver sem toda a tecnologia que existe, conseguiríamos, sim. E viveríamos muito melhor. (Talvez? rs)

(Visitem o blog da Norma - link acima - e conheçam os outros participantes da Blogagem Coletiva).

Não resisti e trouxe para cá. Acabei de ver, no Facebook. Um alerta para os jovens pais, que já foram criados em meio a essa tecnologia, mas não podem se esquecer do que realmente é importante.



    27 comentários:

    ML disse...

    Lucia, Querida: penso que a "Dona Tech" não é necessariamente a vilã da "solidão a dois" ou a vários dos "tempos modernos.

    Como escrevi nos comments da Tê (participante dessa BC), pouca coisa "boba" me tira mais do sério do que estar à mesa com alguém que fica ao celular (falando ou teclando).
    É falta de consideração - ops, de EDUCAÇÃO. Se não fosse o aparelhinho seria a conversa na mesa alheia, etc.
    Mas, como educação é coisa rara, e tecnologia está aí pra agregar...
    Viva a tech - mas, antes dela, vivamos educadamente ; > )

    bjnhs

    chica disse...

    Muito legal,Lucia. Ri dos Ipodes,etc,rs...

    E como em tudo na vida deve haver equilíbrio. Acho que não vivemos sem a tecnologia, mas deve ser bem usada senão vai tudo pras cucuias,rs beijos,lindo e feliz dia das mães! chica

    Lulú disse...


    Olá Lúcia.
    Com esta tecnologia apressada em que estamos vivendo temos mesmo casos que nos leva a sorrir, como os dos I que você citou. Por outro lado, se usada moderadamente, nos ajuda muito
    Beijos
    Maria Luiza (Lulú)

    Beth/Lilás disse...

    Lúcia,
    Pra começar, amei esta sua frase: O modelo de família pode ter mudado, mas o conceito de família, não.
    É isto que as novas famílias têm que manter vivo, pois a tecnologia já se impôs e ganhou espaço mundial.
    As crianças já nascem inseridas e o que os pais têm que fazer é sempre ter olhos em cima deles.
    Esta BC é muito legal e seria ótimo se os mais jovens participassem e dessem também suas impressões, mas ...
    Beijo carioca


    pensandoemfamilia disse...

    Oi Lúcia
    Muito bem colocado o seu pensamento.Realmente há o lado da aproximação dos membros na distância física, mas um exagero na utilização no convívio diário, no qual não se prioriza o diálogo.
    Educação, como foi citado nos comentários, é fundamental para termos o equilíbiro, no entanto surge a pergunta: Como se comportam os pais? Quais os exemplos dados aos filhos?
    Estamos numa boa troca.

    Obs o endereço do meu blog:
    http://pensandoemfamilia.com.br/blog (não é do blogspot.

    Grata pela sua exscelente participação.
    bjs

    Cadinho RoCo disse...

    Também não consigo prescindir do livro físico e hoje trabalho com textos relacionados à ecologia humana exatamente por trazer preocupação manifesta aqui nessa sua publicação.
    Cadinho RoCo

    Liza Souza disse...

    Adorei o texto!
    Beijo

    Trilhamarupiara disse...

    Oiii Lucia, sabe que eu tbém me assusto com esse excesso de conexão, essa foto representa o que está acontecendo em muitas famílias hj em dia, temos que nos policiar o tempo todo, eu gosto das redes, blogs celular etc, mas nada disso me segura se o assunto for bater perna rssrrs porém as vezes me sinto intoxicada com a tecnologia, nesses momentos tento me desligar de tudo ir fazer outras coisas, mas sem duvida não tem sido fácil tirar as algemas desse escravismo tecnológico! Bjooooss

    Astrid Annabelle disse...

    Pois é minha querida Lúcia!
    Como somos mais velhas estranhamos muito essa modernidade toda. Eu a acho maravilhosa, mas que não venham conversar comigo e ficar digitando ao mesmo tempo... rsrssrsrs
    O caminho do meio sempre foi uma boa escolha.
    Sigamos caminhando e aproveitemos a paisagem...
    Beijão ...adorei a sua participação!
    Astrid Annabelle

    Misturação - Ana Karla disse...

    Sem dúvidas de que viveríamos melhor sem tanta tecnologia, porém reconheço a facilidade e agilidade que ela nos propõem.
    Quanto as crianças, essas estão se perdendo no mundo virtual cada vez mais cedo, e seus responsáveis gostam dessa forma de se "livrarem" dos filhos, com exceções, claro.
    Xeros

    Anne Lieri disse...

    Lucia,vc conseguiu falar das coisas boas que a tecnologia traz e retratar super bem a falta de dialogo em familia que pode ocorrer tb!Gostei muito do seu texto,tem bastante clareza!bjs,

    Denise disse...

    A Beth fez o comentário essencial. Eu tb destaco a tua preciosa afirmativa de que o modelo de família pode ter mudado, mas o conceito de família, não. Como vc, tb me delicio através dos recursos da internet com meu neto e outros familiares e grandes amigos que moram longe. E tb ressalvo a necessidade de uma vigília maior e de mais atividades fora do alcance dos botões que nos conectam ao mundo e roubam da interação afetiva!

    Adorei tua maneira de vincular ao convite da Norma, o teu modo de ver/sentir e falar sobre o tema!

    Um viva para a tecnologia que nos permite esta interação!
    Bjos

    http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

    Ontem estivemos num casamento onde o Pastor logo de inicio pediu aos convidados que desligassem seus celulares para nao estragarem a filmagem dos noivos. Vc acredita que mesmo assim 2 celulares tocaram durante a cerimônia? Incrível como as pessoas dao mais importancia as pessoas que te telefonam do que as que estao presentes.

    BJos

    Toninho disse...

    Muito boa sua visão desta parafernália tecnologica que jogam sobre a sociedade,cada vez mais ávida de coisas novas sem ser novas,apenas maqueadas. Moderação é sempre a palavra chave magica para esta vida.
    Então mais uma das Minas tão Gerais.
    Prazer em conhecer Lucia.
    Um lindo fim de semana com um abraço mineiro de flor.

    sheyla xavier disse...

    É Lúcia, vc tem razão, a tecnologia, tem suas coisas boas e ruins também.Mas, acho que agora há um exagero total em tudo, é gente sempre falando no celular, os adolescentes sempre estão teclando em qualquer lugar.. acho que deve haver um equilíbrio saudável. Seu uso saudável é maravilhoso para amenizar as distâncias. Adorei seu texto.

    Feliz Dia das Mães!! Bjos no coração.

    Palavras Vagabundas disse...

    Lucia, também tenho a preocupação de tanta tecnologia em mãos tão pequenas, acho que as crianças não aprendem ter empatia com o próximo, pois o próximo é uma tela fria que não responde. Desafio para os pais do futuro!
    Feliz Dia das Mães!
    bjs
    Jussara

    chica disse...

    Feliz dia das mães, cheio de amor e carinho! beijos,chica

    Roselia Bezerra disse...

    Olá, querida amiga Lúcia
    Meus netinhos estão em pleno vapor com a net... o pequerruchinho ainda não, com seus apenas um ano e meio... rs...
    Mas os pais ensinam a brincar também... cada coisa tem a sua hora...
    Post bem completo e com fotos dignas de serem refletidas...
    Que bem a tecnologia nos fez conhecer pessoalmente e vermos que tem coisa boa nela também!!!
    Bjm de paz e bem

    Cristina Pavani disse...

    Olá Lucinha!

    Menina... você me fez lembrar que eu caminhava 10 minutos para chegar ao orelhão, com aquelas fichas maiores que moeda de 1 real.
    Ligávamos para a rádio, pedindo música, pois no círculo de amizades, ninguém tinha o telefone fixo ainda.
    Hoje meus alunos só querem ganhar um tablet de aniversário (mesmo que não saibam pronunciar).
    Nas aulas de movimento (Educação Física), trabalhamos o resgate de brincadeiras tradicionais, eles amam.
    A psicomotricidade é introduzida, pois alguns nem conseguem pular um barranquinho que há no quintal da Escola...

    Gostei demais do tema,
    Beijinho paulista.

    Adelina disse...

    Adorei o texto e as figuras, principalmente dos dois menininhos com seus "bichinhos de estimação". Beijos querida e feliz dia das mães, atrasado.

    Luma Rosa disse...

    Oi, Lúcia!!
    Repare que quem reclama dos avanços tecnológicos são pessoas que não fazem uso dsse recurso.
    Dentro da família, o uso tem que ser restrito para as horas de não interação familiar. Não sobra muito tempo para isso, já que as pessoas não passam muito tempo em suas casas. O perigo são as crianças que não são monitoradas por um responsável.
    Boa semana!!
    Beijus,

    Lulu on the sky disse...

    Oi Lúcia.
    Vejo que as famílias estão com seus membros isolados em cada canto. Não partilham mais de momentos juntos. A criançada hoje domina os aparelhos tecnológicos.
    Big Beijos

    Teredecorando disse...

    Olá Lúcia,
    Na época que dava aula de informática para criança, ficava fascinada com a destreza dos pequeninos. Hoje vejo meu neto adorando os joguinhos por aqui. Ama escrever e desenhar no paint.
    Confesso que adoro toda essa tecnologia. Agora mesmo ganhei um brinquedinho novo. Um tablet aonde posso desenhar e fazer mil e uma coisas. Adoro!!!!
    O importante, em relação as crianças, é orientar e ficar sempre atento as conversas e tudo mais. O resto...É só alegria.
    Beijos mil

    Calu Barros disse...

    Acertadíssimas considerações, Lucia.Cada detalhe apontado reflete as incoerências cometidas diante do uso indiscriminado das novas tecnologias.Claro,que não há volta nesta seara e nem deveria, mas requer o uso de equilíbrio permanente.
    Excelente participação.
    Bjos,
    Calu

    Ana Paula disse...

    Lúcia gostei muito de conhecer as tuas colocações. De menina, moça aos netos nascidos em berço digital.
    Equilíbrio, moderação acho que devem ser as palavras chaves para estes tempos.
    Beijo

    Luciana Souza disse...

    Oi Lucia
    Muito bom seu texto. Adorei sua participação na BC, e como uma mãe em construção, me acrescentou muito!
    Bjos.

    Turma Subsequente disse...

    Lúcia.

    Aqui em casa é super conectados. Quando não tem internet, reclamação em todos os cômodos. No entanto, temos horários de sentar para o almoço, tempo para sairmos, e tempo para as confusões familiares, som alto no quarto, TV ligada em canal que um não quer, disputa por aparelhos, debates, questões, ouvir as noticias no rádio, ver um programa na TV.

    Kaio é o auxiliar tecnológico da família. É ele quem conecta as TVs os sons, os aparelhos diversos, é o que usa primeiro todas as coisas tecnológicas.

    Não há desunião, pelo contrário, a tecnologia nos unem em vários aspectos.

    Adão Braga
    http://adaobraga.wordpress.com