Folha Amassada



"Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva à menor provocação.
Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas, depois de uma explosão de raiva, e entregou-me uma folha de papel lisa e me disse:
A M A S S E – A!
Com medo , obedeci e fiz com ela uma bolinha.
- Agora, deixe-a como estava antes. Voltou a dizer-me.
Óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel continuava cheio de pregas.
O professor me disse, então:
- O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.
Assim, aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente.
Quando sinto vontade de estourar, lembro daquele papel amassado.
A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.
Quando magoamos alguém com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais...
Alguém já disse, certa vez:
- Fale somente quando suas palavras possam ser tão suaves como o silêncio.
Mas não deixe de falar, por medo da reação do outro.
Acredite, principalmente em seus sentimentos!"
(Fenix Faustine)_(Não encontrei nada que me levasse a essa autoria. Encontrei esse texto no Google, quando procurava algo sobre a raiva). 

A raiva me moveu, hoje, e ela nunca é boa conselheira.
Cansei de querer ser palmatória do mundo. Preciso de paz. Preciso aprender que nem todos são como eu e que não posso querer que deem o que não têm. Simples assim.
Que cada um viva de acordo com o que seu coração mandar.
Não é assim que está sendo ensinado, exaustivamente, pela internet? Hoje impera o "primeiro eu", "se não estiver bem comigo, não poderei estar bem com ninguém" e tantas frases de efeito, cujas usei muito por aqui.
A verdade é uma só: não somos uma ilha, precisamos uns dos outros, por mais distante que isso possa parecer. 
"Hoje por mim, amanhã por ti".
É muito mais fácil ser feliz, mas hoje me tiraram do sério!

8 comentários:

sheyla xavier disse...

Lucinha

perfeito esse texto, eu era bem mais explosiva e ficava com raiva de tudo, mas sempre foi momentânea.Nunca guardei mágoa, mas sempre fui explosiva.E isso esra muito ruim, hoje a prendi a me calar e pensar muito antes de tomar alguma atitude.
bjokasss

ML disse...

Amei - mais uma vez - o texto todo.
E aplaudi a metáfora da folha.
Estou tentando ser "tranquila", o que nunca foi da minha "natureza", Lucia, mas até a nossa "natureza" muda, se a gente "lavorar", pra melhor. Nâo é nem que eu "ame" mais o mundo, só parei de brigar com ele.
Reclamo, mas no salto ; > )
Pelo menos, eu tento...

bjnhs

chica disse...

O texto da folha é legal. Mas todos nós explodimos uma hora ou outra. Não somos santos e se nos tiram do sério, rodamos a baiana. Eu rooooooooooooooooodo bonito!rs beijos,tudo de bom, fica calma, se der! chica

Carlos Medeiros disse...

Gostei da história do papel amassado. Abraços. Carlos Medeiros....http://grandeonda.blogspot.com

Silenciosamente ouvindo... disse...

Tem razão minha amiga. Estamos
errando em muita coisa e a vida
é tão curta.Acabo de chegar a
casa, vindo de um funeral de
um primo meu, que morreu de
"morte fulminante"...é assim;
a vida pode terminar no próximo
segundo...porquê então certos
comportamentos? Não sei!!!
Desejo que já se sinta melhor.
Bom fim de semana.
Bj.
Irene Alves

Renata Boechat disse...

Péra aí que tô indo ali pegar um pacote de papel Chamex pra poder amassar, tá?
Tem problema não, depois passo folha por folha com ferro, viu?
Hoje tá danado amiga, fala sério Dona Renata, que seu nome hoje é Explosão!!!!

Abraço Lúcia

Pitanga Doce disse...

Lúcia, ó procê: ooooooooooooooom! Um mantra, bem. Há dias...que pelo o amor de Deus, né não?

beijos pitangueiros

Calu Barros disse...

Puramente humano, nos exacerbarmos diante duma situação que traga grande desconforto.Como pessoas de bem e de princípios, não chegaremos nunca a rasgar o véu do bom-senso, mas sacudir uma poeira incômoda é natural, é ocasional, é Humano...como somos!
Os dois textos são complementares, mais até, são apontadores de olhares diferenciados e que podem ser de ajuda em situações estressantes.
Já bebi desta água, Lucia,hoje evito ao máximo;as vezes dá, outras não!
Um abração e boa semana.
Calu

Ps:adorei tua participação na postagem sobre Paulo Freire.Valeu!