Homens e lenços no bolso. Ainda usam?

Muita coisa que leio em blogs me dá ideia para um post. Como hoje, lendo a Rosana Hermann.
O post será melhor entendido se lerem o dela primeiro. É só clicar no nome e ir pra página dela.
Falando nisso, será que todo mundo é como eu e vai clicando nas indicações de um post? Realmente faço isso, por que se fazemos alusão a algo, queremos compartilhar. Então, junto com o post de hoje indico o blog da Rosana, que é muito bom.  Uma mulher interessantíssima, jornalista respeitada, capacidade incrível de escrever, formada e doutorada em física, acho-a uma mulher sensacional. E, não. Ela não precisa nem um pouco de propaganda e nem vou lá contar a ela que a citei no blog. rsrs
Então, falando de lenços de tecido.
 Primeiro, sem dúvida, anti-higiênicos. Lembro-me que não deixava a cargo de lavadeira lavar os lenços do marido. Ele mesmo o fazia. Falava pra ele que, se o usasse para o devido fim, quem devia lavar era ele, não terceiros. O fato é que quase nunca estavam sujos com o devido conteúdo. Menos mal.
Mas pessoas ainda têm secreção no nariz e não andam com lenços de papel no bolso ou na bolsa. Eu não ando, falo por mim. Então, como se faz agora para limpar o nariz?! Nem vou me dar ao trabalho de pensar. Normalmente lavo o nariz sob água corrente mas, se estou na rua, procuro um papel macio, pode ser até o papel higiênico ou um guardanapo de papel. Se estou congestionada mesmo, claro que então só saio com papel na bolsa. Mas nunca lenço de tecido. Marido tem, não anda sem um no bolso. Serve pra limpar a mão, enxugá-la, se for preciso, sei lá, serve pra muita coisa.
E tem uma história "ótima" de um presente de Natal. Em minha casa (casa dos pais), família grande, durante alguns anos fizemos amigo-oculto (secreto, em alguns lugares). Sempre se pedia presente simples, todo mundo com filhos pequenos, Papai Noel era para as crianças. Para os adultos era uma lembrancinha mesmo. Sempre dei bons presentes e também os ganhei, mas também há sempre os que capricham no que dão e os que dão "qualquer coisinha". Fato é que um Natal, sem ideia do que dar a um irmão meio chato pra presente, resolvi e comprei uma caixa com 3 lenços de tecido, nome famoso (existe até hoje) e relativamente caros, pois são lenços de cambraia, tecido nobre, muito bem acabados, cores bonitas, enfim, era um bom presente.
Quando abriu a caixa, era visível o desaponto do irmão, fez cara feia, menosprezou tanto o presente que simplesmente nem o levou pra casa, ficou por lá , deixou-os para meu pai.
Como tudo na vida tem volta, eis que menos de um mês depois, para um táxi na porta da casa de mamãe, o irmão desce apressado, indo para o aeroporto, viagem longa, precisava urgentemente de ...lenços! Lembrou-se dos que ganhou, que estavam na caixa ainda, pois minha mãe não teve coragem de abrí-la , ela lhe entregou, ele pegou, agradecido, certamente sem graça da desfeita que me fêz (da qual nunca falamos) e lá se foi para sua viagem. 
São coisas que passam mas nunca esquecemos.
Depois desse episódio, nunca mais participei de nenhum amigo oculto.
E só dou caixa de lenços a alguém quando me sugerem, como há pouco dei para o genro, que andava incomodado de nunca ter lenço no bolso e a filha me sugeriu lhe dar. 
E, por via das dúvidas, dei junto com outro presente.

9 comentários:

Misturação - Ana Karla disse...

Meu pai sempre usou lenços e ainda hoje continua a usar os lenços, não para o seu nariz, mas o hábito de décadas.

Gosto de Rosana Hermann, já vi entrevistas com ela que muito me interessou.

Um post puxa um outro.

Bom final de semana Lúcia, com paz, alegria e muita luz.

Xeros da xerosa...rs

chica disse...

Gosto muito da Rosana Hermann, sinto sua falta na tv. Ou eu a perdi ou ela não está mais.

E os danados lenços eram antipáticos. Lembro bem das caixinhas deles. Só os de papel agora usamos! beijos,lindo fds!chica

Beth/Lilás disse...

Lúcia,
Ah eu fui lá ler a Rosana, ela é muito boa em suas crônicas e sempre termina com um jeitinho cômico.
Olha, eu dei lencinhos pra minha mãe quando voltei de Portugal, pois lá tem essas coisas, vi numa loja, daquelas com jeito antiguinho, mas com coisas de bom gosto e bordados à mão. Eu amo essa delicadezas e minha mãe também. Prefiro ganhar coisas assim do que esta montoeira de baboseiras chinesas que estão em todos os lugares do mundo ou algum presente impensado, que não tenha nada a ver comigo.
Teu irmão deve se sentir envergonhado hoje em dia por ter tido este comportamento, afinal ninguém é obrigado a dar presente pra ninguém e se você assim o fez, mesmo ele não gostando, deveria agradecer e valorizar o ato.
beijo carioca

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Lucia, esse negócio de escolher presentes é barra mesmo.

Sim, tb leio os blogs que sao indicados, afinal é prá isso, nao?

Já passei por lá...

Legal isso.

Olha, eu acho que nos últimos 20 anos eu só vi uma pessoa usando: O tio do meu marido.

É verdade que quase nao se usa mais os lencos de tecido.

Me lembro que eu os achava lindos por causa dos bordados, mas detestava lavá-los e nao preciso explicar por que, rs.

Hoje em dia com a máquina de lavar roupa este problema seria facilmente solucionado, mas ai as pessoas passaram a imprensar papéis para o nariz.

Mais chique, mais fino, menos problemático para ser lavado.

Muitas das vezes quando vejo um lenco de papel voando pela rua, penso: que doenca aquele lenco de papel estará espalhando pela cidade...

Parabéns pelo post.

Bom fim de semana e Feliz Aniversário adiantado, é que terca é feriado e estaremos fazendo umas voltinhas por aqui.

Tudo de bom. Que Papai do Céus preencha o teu coracao naquilo que vc mais deseja.

Um bjao

Pelos caminhos da vida. disse...

Acho anti-higiênico esses lenços...

Vou lá conferir esse blog.

Bom fim de semana.

beijooo.

ML disse...

Cadê o post do niver, Lucinha?
Vai fazer amanhã? E o bolo: "detonou" ou se "comportou" dizendo não, não, não às calorias?
Mas no dia do aniversário pensar em calorias pra que se a gente tem 364 dias pra se "preocupar" com as "moças"?
Hoje é seu dia, que seja um dia MUITO FELIZ!

bjnhs e tudo de muito ÓTIMO pra você!

Saude (tim tim ; > )

Brechique da Dodoca disse...

Lenços de pano lembram-me do meu pai: eram parte do seu vestuário!
Usava-os mais para secar as mãos, mas tb para assoar o nariz em épocas de gripe. E adivinha o que comecei treinando a lavar em criança???? É, mas para quem, no futuro, ia limpar cocô de filho e mais tarde ainda o cocô do próprio pai, aprendi que água e sabão cuidam de muita coisa! Só não cuidam de línguas ferinas, como se dizia antigamente.
Claro que o tempo nos mostrou que o uso dos lenços de tecido não era tão higiênico e ele passou a ocupar o lugar de adereço ou quebra galho em situações específicas. Mas nunca fui contra. Tive (e tenho) uns que são bordados, lindinhos, mimosos, fofos e que não pretendo jogar fora, pode crer.
Bjssssssssssssssss, quérida!

Eli Pechim disse...

Morri de rir com a história do seu irmão. Olha a lição quando ele mais tarde precisou, hein? Meu pai até poucos anos atrás sempre carregava um lenço no bolso. Agora ele usa papel mesmo. E eu detesto amigo oculto, não participo nem a pau. Morro de vergonha e a gente sempre ganha presente ruim. rs... Beijo, ótima semana pra você!

Macá disse...

Lucia
Eu quando tenho tempo, vou sim pesquisar o blog ou o site indicado. E a Rosana....não precisa nem de comentários, ela é ótima.
Adorei o seu texto, e como você escreve muito bem, a sua história ficou melhor ainda.
Só não acho certo você não ter mais participado dos amigos secretos por causa dessa história. Besteira dele. Viu como quando precisou, achou bom o presente?
Meu primeiro marido usava lenços, mas o Julio, acho que nunca viu um de perto.
beijos