A autora da ação é a brasileira, paulista, Ana Teixeira. Com um par de agulhas de tricô, um novelo de lã vermelha, um banquinho e um cartaz onde se lia "Escuto histórias de amor" ela percorreu 9 países. Pergunto-me que histórias foram contadas, no sentido de entender se "histórias de amor" são apenas as passadas entre duas pessoas (homem/mulher) ou se há vários enfoques, como falei no meu comentário no post da Renata.
Lúcia Soares21 de agosto de 2013 17:07
Pode ser uma história de amor entre mãe e filho/ pai e filho/ mãe e filha/ avó e neto/ amiga e amiga...
Uma história de amor envolve uma ou mais pessoas, não necessariamente homem e mulher vivendo o amor.
Minha história de amor tem muitos personagens.
É a história da minha vida.
No amor dos meus pais, que se amaram e se deram 10 filhos; no amor desses irmãos, que se perpetuaram e agora somos 100; no meu amor com meu amor, no amor dos meus filhos, que agora se dividem para os netos... Minha história de amor é a minha vida.
Beijo, Renata.
(aqui, uma entrevista com Ana Teixeira: http://www.aletria.com.br/pagina.asp?click=121&area=10&secao=10&site=1&tp=12&id=2749
Fiquei curiosa e fui procurar sobre esse acontecimento, encontrando o texto abaixo:
Escuto histórias de amor
Ação realizada entre os anos de 2005 e 2012 em nove países: Alemanha, Itália, Espanha, França, Chile, Canadá, Brasil, Portugal e Dinamarca.
Em lugares públicos de cada cidade (o centro de São Paulo, o Jardin des Touleries em Paris, La Rambla em Barcelona...) a artista sentou-se tendo ao seu lado um cartaz que anunciava no idioma local "Escuto histórias de amor".
Enquanto tricotava uma lã vermelha, esperava por pessoas que quisessem lhe contar uma história.
Uma câmera, ao longe, registrou a ação.
A reação das pessoas foi variada e em alguns lugares ninguém falou com ela.
Em outros, ela escutou diversas histórias diferentes.
As ações foram registradas em mídia digital e uma vídeo-instalação com os filmes de seis países foi exibida em Toronto, no Canadá, em junho de 2008, no Mercer Union, Centre for Contemporary Art.
Os filmes não têm som e a vídeo instalação conta com um som único, editado com vozes em diferentes línguas e outros ruídos cotidianos dos espaços públicos.
As histórias de amor não podem ser ouvidas. Ficam guardadas no barulho das ruas e na trama do tricô vermelho.