Fim de caso

Hoje minha empregada se foi, depois de 7 anos de trabalho em minha casa.
Entrou aqui uma jovem mulher de 29 anos, na época com uma filha de 9, outra de 5 anos e um marido de um casamento de 12 anos.
Hoje sai, aos 36 anos, com uma filha de 16 anos, uma de 12 e um bebê de quase 9 meses, filho de outro marido.
Passamos juntas pelo fim do seu casamento, a entrada de outro homem em sua vida, uma gravidez, empréstimo para que ela não perdesse a casa que comprara junto com o primeiro marido.
Vivemos uma relação de mãe e filha ou amigas íntimas.
Sou uma boa patroa e todas as empregadas que tive foram de muitos anos, salvo algumas que apenas passaram, em experiência.
 Falei com ela que se qualificasse, aprendesse outro ofício, para que pudesse ganhar melhor e ela me disse que o que gosta de fazer é trabalhar em casa de família.
Ponto. Uma moça sem ambições, que entende que o salário acaba privilegiando-a, dependendo da casa e da família com a qual vai conviver.
Aqui em casa dou as ordens, ensino o que devo e deixo-as à vontade, pois se pago para ajudar-me, quero essa ajuda.
Não acho que sou diferente da mulher que optou por não ter empregada fixa, não acho que tenho sangue escravagista e detesto esse discurso, pois elas são muito bem pagas.
Meu esquema, devido ao preço das passagens de ônibus, era ela trabalhar 3 vezes por semana, o que lhe dava todos os direitos trabalhistas. 
Pago salário, INSS, férias, 13º, 1/3 de abono de férias, ônibus, comida, lanche, o dinheirinho total na mão, no fim do mês, sem um desconto sequer.
 E ela tem jeans bonitos, sapatilhas da moda, unhas pintadas, cabelo tingido, relaxado e com luzes, jaquetas, bolsas combinando com os sapatos, relógios da moda, perfume bom, creme hidratante, um aqui em casa e outro na casa dela, para não sair com a bolsa cheia, blush, rímel, batom, tudo renovado quase que trimestralmente. E seu salário proporciona coisas boas para as filhas, adolescentes vaidosas.
Não consigo entender porque não se pode pagar uma empregada doméstica, num país onde uma grande parte da população não pode ou não quer estudar para "vencer na vida".
E para vencer na vida não pode ser trabalhando honestamente numa casa de família, onde são respeitadas, queridas e acolhidas como alguém da família?
Existem patrões canalhas, filhinhos de papais que se aproveitam delas (ou elas deles, pois muitas são vorazes namoradeiras e seduzem mesmo os adolescentes, para se darem bem, "conseguirem" uma gravidez e entrar para a família) , existem patroas más. 
Há as mulheres que querem pagar empregadas fixas, sejam por quais motivos forem e há as que não querem pagar e têm o discurso de que ter empregada doméstica é resquício da escravidão, ou que quem tem uma são pessoas preguiçosas que não querem arcar com o serviço doméstico para si própria e a família.
Tive por que precisei, ajudaram-me a criar meus 3 filhos, não olhando-os por mim, mas me dando tempo para estar com eles.
Tive porque trabalhei fora e elas eram meu braço direito, dando-me o prazer de chegar em casa e não precisar ter outra jornada de trabalho. Enquanto eu descansava, elas recebiam seu dinheiro e viviam suas vidas. E se tinham sua dupla jornada de trabalho, era a escolha delas, assim como eu podia ter escolhido não tê-las e também arcar com minha dupla jornada.
O fato é que minha empregada de tantos anos, sentiu-se cansada, esgotada com sua dupla jornada, bebê em casa, depois de tantos anos, e precisou de um descanso maior.
Talvez volte, daqui uns meses, pois não sabe viver sem seu dinheirinho e não pensa em fazer outra coisa, a não ser trabalhar em casa de família. 
Onde fez amigos, teve carinho, atenção, cuidados, em forma de pagamento até mesmo em dias de falta, sem apresentar uma justificativa, alegando ter ido ao médico e nem trazendo o atestado. Fica o benefício da dúvida.
Por enquanto vou ficar uns tempos sozinha, tomando pé da minha casa, voltando com objetos para o lugar que gosto, pois até isso deixei por conta dela, que limpa e coloca onde gosta mais, afinal, quem cuida..., né?
Por isso acho que o término de uma relação de trabalho parece fim de um casamento.
Temos que colocar a vida em ordem, tomar as rédeas de nossa casa, nossa vida.
Bom que vai me sobrar um dinheiro no fim do mês. Pelo menos isso.


22 comentários:

olga oliveira disse...

Lucia! Não imagina como gosto de ler seus post, quase todos parece que foram feitos para mim. Este é um deles. Sempre trabalhei com Recursos Humanos,tinha um salário que me dava certos luxos, filhos em escola particular, boas roupas, viagens e olha que os criei sozinha, tudo correu bem até o danado do ano 2000, ai começou um retrocesso da na minha vida. A empresa faliu, eu 43 anos, só consegui trabalho para ganhar um pouco mais que um salário,, foi uma locura, perdi noites e mais noite pensando o que fazer, até que resolvi ir para Portugal para consiguir me reeger e até voltar a minha autoextima.Fui ser empregada doméstica, tive sorte fui trabalhar numa família, qual minha patroa era igual voce, me deu valor, viu meu sofrimento, fora do meu país, sem meus filhos, sem conhecer ninguem,(acho que se comeveu), trabalhei nesta casa 6 anos e meio. Não guardei dinheiro, pois me despesas aqui era alta, mas consegui todos meus objetivos com meus filhos. E o mais legal que vi a mulher que sou, valente,sem qualquer preconceito de uma quase executiva vira empregada doméstica, e se dá bem., Hoje estou em Belo Horizonte, trabalho com doces para festa, mas jamais vou esquecer esta minha experiência, foi marcante. Bjs e boa noite

Lúcia Soares disse...

Que bom, Olga, que gostou do texto.
E foi para Portugal, Europa, onde tanta gente diz que por lá não existe a profissão de doméstica, né? Claro que em todo lugar há, em menor número que no Brasil, que seja, mas não há como comparamos as situações. Acabou de criar seus filhos, ganhou seu dinheiro honestamente e isso é o importante.
Beijo!

Palavras Vagabundas disse...

Lucia,
concordo com cada linha de seu post, afinal tabalhei 36 anos fora de casa, devo ser boa patroa, pois minhas empregadas ficaram anos na minha casa e sairam por motivos vários e todos delas. Atualmente tenho a mesma esmpregada a 9 anos, que trabalha todos os dias, 6 horas por dia e diz, que por enquanto, não pretende sair.
Todas que sairam, principalmente a que praticamente criou minha filha mais velha e ficou comigo 11 anos, fiquei de luto. Ela saiu por que me mudei para o Rio e ela morava com marido e filhos em São Paulo, ela foi para a casa de minha mãe e ficou lá mais 7 anos.
Bj
Jussara

Beth/Lilás disse...

Poxa Lúcia, que pena, uma empregada tão antiga e que deve lhe fazer falta, talvez não tanto agora, mas com o tempo, vais sentir!
Pois é, não sei porque elas acabam indo, quase nunca somos nós que as despedimos, mas elas parecem ter os mesmos problemas em suas vidas. Filhos, maridos que as abandonam, novo marido, mais filhos, dificuldades, vontade de ter tudo o que vêem pela frente e cansaço, pois no fundo, uma pessoa que trabalha em limpezas e arrumações, acaba ficando exausta para sua própria casa e família.
Tomara que você encontre, com tempo, uma outra pessoa legal e quem sabe, menos dias em sua casa. Agora estou apenas com uma faxineira por semana e uma passadeira também por semana. Acabou empregada todo dia, nem elas querem, nem eu. Adoro minha liberdade!
beijocas cariocas



Lúcia Soares disse...

Beth, o difícil para mim é ficar sem ninguém, pois fico com Letícia de manhã. Se fosse apenas eu e marido, não queria outra, não! Mesmo morando em casa, o que é mais trabalhoso, optaria por ficar sozinha mesmo. Pra tudo dá-se um jeito. Vou perder minha "mordomia" mas não vou me estressar. Não por enquanto! rsrs
Beijo!

Jussara, elas precisam de uma patroa e nós precisamos de uma ajudante. Uma boa troca. Um serviço desgastante, mas que para muitas é a salvação de suas vidas, pois como não se preparam para outras profissões, têm que se virar sendo domésticas. Também já tive empregada que trabalhou para minha mãe, veio para mim, depois voltou para trabalhar com minha mãe. Sou amiga de todas que tive, falo ao telefone várias vezes ao ano, sou convidada para eventos da família, enfim, sempre tive ótimos relacionamentos com minhas ajudantes.
Beijo!

chica disse...

Imagino que sentirás falta!! Eu não tenho empregada. Só uma faxineira uma vez/semana! Mas tanto tempo juntas deve estar sentindo muito...Mas vais também sentir a liberdade de estar só!! Isso é ótimo!! beijos,chica

Luciana disse...

Lucia, poder pode, quem pode, o problema eh que muitos não podem pagar mas querem ter de todo jeito, ai pagam mal, nao pagam os direitos, e ainda tem muitos que alem de não pagar direito, como deve ser dentro da lei, ainda acham que uma empregada domestica eh pra trabalhar de cabo a rabo, ou seja, morar ali na casa ou so sair quando ninguem mais precisar, nem que seja pra pegar um copo dagua, ja vi casos e mais casos assim. Outro dia uma pessoa da minha familia mesmo disse que achava um absurdo a baba da filha la de outra morar junto com o namorado e querer ir dormir em casa alguns dias da semana, veja bem, alguns dias. Absurdo eh isso, uma pessoa dizer que outra nao pode fazer o que bem quer da vida porque trabalha como baba e tem que dormir la com a crianca e ficar a disposicao 24 horas.
Mas no seu caso eh outro caso, outra mentalidade e realidade.
Aqui na Noruega, como você sabe, não se tem empregada domestica, o salario eh alto e eh raro alguem poder e querer pagar tanto, mas algumas pessoas que eu conheco, brasileiras, tem diarista que vai limpar a casa a cada 15 dias ou uma vez por semana.

Beijo

Lúcia Soares disse...

Chica, espero aguentar o rojão, moro em casa e esse negócio de cuidar de frente e fundo é que cansa. Minha rua é movimentada e a varanda empoeira num segundo, passamos levando a sujeira pra dentro de casa...Ainda não adotamos entrar em casa com outro calçado, acho que vou adotar o sistema. Difícil é quando receber a filha, genro e os 3 netos. aí, ou trabalho ou vou curtí-los. Bj

Luciana, os maus patrões são minoria, todas as pessoas do meu convívio são ótimas para seus empregados. Atualmente o que vemos aqui é o contrário, as empregadas domésticas estão cobrando cada vez mais caro, sem grandes qualificações, mal sabem o trivial. Claro que há as de forno e fogão, que podem e devem ter um salário melhor. Elas têm uma jornada de trabalho muitas vezes de menos de 8 horas. A minha chegava em casa depois das 9h e saia antes das 16...Como era esperta e boa de serviço, dava conta de fazer tudo a jato, e bem feito. Todos os direitos têm que ser pagos e todas as despesas têm que ser abatidas, mas estas eu nunca abati, ela recebia seu salário integralmente, nunca pagou um tostão do seu próprio benfício da Previdência. E gostava do que fazia, não tem outro serviço que queira, justamente porque sabe que as boas patroas são as maleáveis, que entendem seu lado e facilitam sua vida. Quando eu era mais nova, trabalhava tanto ou mais que elas, meu marido me perguntava pra que pagar uma, se a maioria das coisas eu é que fazia, mas com o tempo e trabalhando fora, passei a delegar mais e me acostumei com as benesses de ter uma ajudante. Vou tentar ver se aguento o tranco (os "entas" são muitos...) e fico sem ninguém, a não ser uma faxineira/passadeira. Bj

Valéria disse...

Oi Lúcia!
É uma pena Lúcia! Digo isso, pois você estava acostumada a ter o seu tempinho. Eu mesma há muito não tenho ninguém, apenas uma pessoa que faz a faxina uma vez por semana, eram duas, mas ela começou a trabalhar em uma firma terceirizada e só vem agora um dia na semana. O dia-a-dia é muito cansativo, sempre as mesmas coisas para fazer e quando nos acostumamos com elas ter que voltar a fazer, no início é empolgante, queremos por tudo em ordem, mas depois, aff.rss
É, cada um sabe de sua vida e elas claro, também.
Beijinhos e um super fds!

Pandora disse...

Lucia vc compara a relação com a sua funcionaria com um casamento, é difícil criticar alguém que pensa assim!!! Mas, creio que vc sabe que é uma exceção e não regra e eu sei disso pq tenho amigas empreguetes e escuto suas histórias, algumas realmente sofrem alguns excessos, mas o esquisito é que muitas delas acham que é assim mesmo, não se revoltam eu é que fico me pinicando para falar... rsrsrs

Enfim, não acho um crime uma pessoa que pode contratar um funcionário e desenvolver com ele uma relação afetuosa, mas acho um crime uma pessoa contratar um funcionário, porque empregada domestica é isso, e não tratar ele como tal, tratar como um escravo e usar para isso a desculpa de "é como da família"... Funcionário é funcionário, família é família...

Já ouvi gente dizer que tinha uma empregada ruim que fez uma coisa sacana com ela e se sentiu traída, com motivo, porque pagava pela confiança e amizade... Confiança e amizade não se compra se conquista, serviço bem feito sim, isso a gente compra... Cito esse exemplo porque situações assim permeiam a relação empregada domestica/patrão no Brasil e isso sim acho meio torto!!!

Celia disse...

Que pena que sua secretaria/amiga, se foi depois de anos na sua companhia. Algumas chegam e permanecem um longo tempo, outras saem logo. Aqui na Suecia nao tem empregadas. Fazemos tudo mas minha mae, tem uma secretaria/amiga que chegou la em casa com 12 anos e hoje ela tem 73. viveu todo esse tempo junto com minha familia que passou a ser dela tambem. E a vida. Bj

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida Lúcia
Nunca pude me esquecer da D. Nelsa... há mais de 30 anos... quando nasceu meu segundo filhote... ela foi uma mãe pra mim...
Deus te cubra de bênçãos e te faça muito feliz!!!
Bjs festivos de paz

pensandoemfamilia disse...

Acho o serviço da empegada doméstica imprescindível para mim, mas há, em uma boa parte delas, total falta de profissionalismo, ou seja não são qualificadas como se exige dos outros profissionais. Direito e deveres devem ser correspondente.
Procuro cumprir com a minha parte pagando o estipulado e dando o tratamento crodial, mas muitas só conheçem seus direitros e os deveres....????
Pena vc ficar sem esta sua companheira tão boa.
bjs

Alfa & Ômega disse...

Lúcia, minha querida eu tive uma empregada de ficou comigo 14 anos; entrou pequena para ser babá, saiu mãe, só que o namorado não assumiu e eu a ajudei em tudo, mas foi comprada por uma comadre minha que aproveitava a minha ausência e vinha em casa fazer a cabeça dela. Resultado: perdi a confiança nas duas e nunca mais voltamos a ter aquela amizade como tínhamos. Só nos cumprimentamos. Bem, hoje cuido sozinha e até o momento dou conta, se não ficar muito no computador. Rsrsrs. Passei para lhe agradecer a sua presença sempre que muito me alegra e para lhe dizer que adorei a sua frase na festa da Rosélia. Que Deus te abençoe muito! Grande abraço!

Sílvia Gianni disse...

Oi Lúcia,
com certeza você sentirá falta, principalmente, da companhia da pessoa que ficou tantos anos na sua casa. O serviço sempre se dá um jeito. Faz-se um pouco hoje, outro tanto amanhã e vai-se levando. Aqui em casa não temos ajudante, só uma pessoa que vem a cada 15 dias. Por enquanto está bom.
Espero que você se acustume logo.
Beijos.

ML disse...

Ontem vi um pedaço da novela das 7 e descobri que elas chamam as patroas de "patroetes". Muito engraçado.

Desejo a você energia! Porque uma coisa é cuidar da casa a outra e voltar a cuidar da casa quando a empregada se vai.

Minha irmã diz que estende "tapete vermelho" quando a dela volta das férias. E a 1ª providência é ir ao salão fazer as unhas e deixá-las crescer pra comemorar!

bjnhssssssssssssss

Lúcia Soares disse...

Valéria, por enquanto estou aguentando bem, mas faço tudo em doses homeopáticas, não dou conta mesmo! rsrs Mas vamos com fé! Bj

Pandora, acho isso também, empregada é uma funcionária como outra qualquer, com direitos e deveres. Mas se lhe contar o que passei com a minha, o quanto ela falhava sem justificativa e eu não descontava, por ex., vai se perguntar por que eu aceitava...Mas é a tal coisa, eu via o lado dela, de mãe. Jamais posso imaginar que uma pessoa falte ao serviço alegando que está no médico com a filha e chegue sem apresentar um atestado. Não cobrava, ficava esperando...Quando o mês acabava, lá estava eu, pagando integralmente... Bom, o que sei é que valeu a pena, foi um bom relacionamento, afinal. Bj

Célia, sem tirar o valor de vocês, que moram fora do Brasil, mas a vida aí tem mais comodidades que ajudam no dia-a-dia e até o clima é "amigo" pois com o frio se fica com tudo fechado e a poeira dá trégua; os supermercados oferecem tudo semi-preparado, ou picado, etc. (aqui já vemos isso, mas é muito caro), mas por menos trabalho que se tenha, ainda assim temos as roupas para passar, louças para lavar (mesmo que as máquinas sejam comuns, nem toda hora queremos usá-la), a vida doméstica é sempre cansativa, mesmo com melhor ajuda, como aí. Bj

Rosélia, que bom quando podemos contar com verdadeiros anjos qua nos ajudam. Bj

Norma, devemos encarar como uma relação patrão-empregado, você me serve, eu pago. Mas o fato de um lar não ser uma empresa é que dá a elas mais direitos pois privam da nossa intimidade, invariavelmente nos envolvemos emocionalmente. Bj

Maria Luiza, conseguir a gente consegue, afinal somos saudáveis, mas tudo fica mais difícil com o tempo e também penso muito isso: já trabalhei muito, agora quero descanso!! rsrs Beijo!

Sílvia, por enquanto não arrumei faxineira nem passadeira, mas vou precisar. Com calma dou conta, só não posso me estressar! Se não tivesse que fazer almoço, tirava de letra! rsrs Bj

Lúcia Soares disse...

Mônica, não está fácil! Ainda mais que estou em lua-de-mel com meu Samuel, fiquei com ele dois dias, deixei tudo se acumulando aqui em casa, e hoje trabalhei dobrado, por duas vezes tive que correr e me deitar, de tanto que me doíam as costas. Tenho problema de coluna desde novinha e se fico muito em pé, parada, ou se me movimento muito, meio abaixada, aí a coisa queima e arde que me falta o fôlego! Acho que esta relacionado com minha falta de exercícios, vou ter que encarar um ortopedista e depois uma academia.
Mas também não sei se vou quererficar sem ninguém, agora me vi pensando nisso. Já ralei demais, acho que mereço um descanso agora, apenas curtir a vida! rsrs Beijo! (Samuel já está com outra carinha, lindo demais! Só não fico colocando foto todo dia pra não ficar a vó chata. rsrs)

Luma Rosa disse...

Agora você vai ter que se adaptar. Vai perceber que ajudava muito a sua ajudante. Pois a dona de casa que não trabalha fora, acaba dando mordomias, ajudando sempre com "coisinhas" - coisas de grande valia e ela vai sentir muita falta disso. Logo mais, vou ler um post dizendo que sua empregada voltou!

Ah, sobre os brasileiros que saem do Brasil e começam com discursos escravagistas... Ah, que besteira!! Tudo depende do seu grau de "precisão" - uma mão lava a outra - Se lá fora pagar o serviço doméstico é caro e eles não podem, por que aqui não podemos?

Bom fim de semana!! Beijus,

Lúcia Soares disse...

Luma, o grande ponto é realmente este: empregada "lá fora" custa muito caro. Não é nunca um trabalho "menor" e nem elas precisam aceitar más patroas. É uma troca, elas trabalham por que precisam, quem paga o faz por que precisa. Simples assim.
Quanto à volta da empregada, ela já sinalizou...rsrs Maas ainda precisa de uns dias de descanso. Vamos renegociar. Nem eu posso pagar o que ela quer, nem ela pode ser tão "folgada" quanto era...Beijo!

Nina disse...

Eu tive uma empregada, Lene, que ficou comigo 8 anos, só me deixou porque mudei da cidade (qd vim pra cá). Ela foi minha grande companheira, amiga mesmo sabe? Ria comigo,com meus sonhos e eu a ajudava em casa tbm, nao ligo mt pra poeira, queria era ter alguem que cuidasse da casa em que viviam meus filhos, ou seja, cuidado e carinho aos meus meninos e que fosse de confianca, isso a Lene me proporcionava. Morro de saudade dela...

Mas sabe, agora, morando fora, confesso que hj, se morasse no Brasil, acho que nao teria mais empregada em casa, sei lá, vim entender aqui que eu posso cuidar da casa numa boa. é totalmente possível! no maximo, teria uma pra me ajudar, tipo, uma vez por mes com uma boa faxina e nada mais. Mas uma coisa é certa, nao teria uma babá e nunca uma vestidinha de uniforme branco, DEUS ME LIVRE!

Cynthia Totus Tuus Mariae disse...

Eu tb passei por essa separação, mas foi traumática. Depois de um casamento com minha empregada de 5 anos, ela começou a avacalhar para ser mandada embora, pois acho que na cabeça dela, se pedisse demissão não receberia seus direito, claro que receberia.
Tb tratava como se fosse da casa, comprava coisas no cartão pra ela e descontava, as vezes não descontava e dava algumas parcelas para ela de presente etc. Quando estive fora com meu pai internado, ela foi a minha salvação! Tinhamos uma relação que duraria para sempre até ela começar a destratar meus filho, reclamava quando eles pediam algo pra ela, brigava e era grossa com eles. Imagina, mexeu com filho da gente, a gente fica brava! Conversei dei nova chance e no que resultou? Em nada, ela só piorou,e um belo dia achei na geladeira larvas gordas e vivas no tempero da comida e eu a dois dias com diarréia... Moral da história; Mandei embora, paguei todos os direitos dela e estou traumatizada! Abili empregada da minha vida, assumi minha casa e tenho uma diarista que vem fazer a faxina pesada que minha coluna não me permite fazer. Honestamente, me sinto melhor sem ela. Apesar de as vezes eu ficar esgotada, exausta e até mesmo chorar de tão cansada de ter uma dupla jornada. Mas mesmo assim, me sinto melhor. Infelizmente acho que uma realidade existe, algumas delas querem direitos e não querem cumprir suas funções como devem. Então é melhor ficar sem.