Tocando em frente

Antes de ouvir, leia a letra. Como se fosse um poema.

É um poema musicado, com certeza.
Uma das músicas e letras mais bonitas da música brasileira.

Tocando em Frente 

Almir Satter e Renato Teixeira

Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.

Quando me deixei tocar pelo Sagrado.




(Sagrado é o que merece veneração ou respeito religioso por ter uma associação com uma divindade ou com objetos considerados divinos).
Sagrado está intimamente ligado a Deus.
Para quem crê, cada minuto da vida é sagrado, pois estamos envolvidos pela companhia e poder de Deus.
Fui tocada pelo Sagrado no momento da minha concepção, na união de duas pessoas que se amavam verdadeiramente e sabiam da responsabilidade de colocar um filho no mundo.
Fui tocada pelo Sagrado quando nasci, pronta para enfrentar o mundo.
Deixei-me tocar pelo Sagrado quando compreendi, através da minha educação familiar e a religiosa, na catequese, o quanto Deus é verdadeiro, embora tanto mistério O envolva.
Para mim, o Sagrado está Nele mesmo, que me acompanha em todos os momentos.
Cada gesto meu, cada pensamento, cada atitude, estão vinculados ao que aprendi sobre Ele.
Ser paciente, como Ele é comigo.
Ser amorosa, como Ele o é.
Ser caridosa, como Ele ensinou.
Ser. Apenas Ser. 
E na minha pequenez entender que Ele assim me fez e me acompanha.
Acredito no Sagrado e deixo-me tocar por ele em muitos momentos do meu dia, sempre procurando ser melhor para mim e para os que me cercam.
Deixei-me tocar pelo Sagrado, plenamente, quando fui mãe. 
Quando fui avó.
Quando sou filha zelosa.
Quando me emociono, quando me calo, quando choro, quando sofro.
Na alegria eu O louvo. 
Na tristeza clamo por Ele.
Deixo-me tocar pelo Sagrado diariamente, quando espero ser melhor do que fui ontem.

(Este post é em homenagem aos 4 anos do blog da Rosélia. 
http://www.idade-espiritual.com.br/2013/08/quando-me-deixei-tocar-pelo-sagrado-bc.html 
Para mim, que creio e confio em tudo o que Ele determina, é uma alegria participar).


Chesterfield, um estilo de vida (Da série Gosto mas não tenho)

Alguns itens de mobiliário, ou vestuário, ou um carro, um filme, um livro, uma viagem, uma cidade, povoaram minha imaginação.
Paixões não concretizadas.
Uma delas: um sofá modelo Chesterfield. Lindo, clássico, forte.
Por vezes tive a tentação de comprar um, mas achava que não combinava com minha casa, ou comigo, ou que só era bonito em bibliotecas aconchegantes. Classicamente aparecem em filmes, em salas escuras, austeras.
                                         (Imagem Google)
As características marcantes do sofá são o encosto capitonado, almofadas soltas no assento e braços na mesma altura do encosto. ( A técnica do capitonê é de origem inglesa. É um tipo de estofamento acolchoado e dividido por pontos feitos com cordões ou fios grossos, que formam saliências quadradas ou retangulares, o formato depende da distância em que são inseridos os cordões, formando os afundamentos, com depressões profundas ou superficiais. É uma técnica que não leva botões no afundamento. A que leva botões chama-se "botonê"). (Aqui)
 Embora a diferença, todos os modelos que encontrei têm os botões e são chamados de "Chesterfield" igualmente. A lógica, para mim, é que o modelo original não tenha mesmo os botões, pois na época não existiam botões cobertos, suponho.
E há várias histórias sobre a origem do sofá, sendo que a mais interessante diz ser em homenagem ao Conde de Chesterfield, que encomendou a um marceneiro, no século XVIII, um sofá que fosse bem confortável. Consta também que Freud atendia seus clientes sentado num sofá Chesterfield.
Claro que procurei uma foto de Freud em seu sofá e claro que não a encontrei.
Outra versão seria de que o nome é a união das palavras "chester"  (fofo, macio)  e "field" que, pode ser "sofá" também. Então, seria sofá confortável
O Chesterfield original é em couro. Mas há a versão mais moderna e mais leve, que é a de tecidos aveludados ou seda.
Este (acima) tem uma história linda, aqui
Já é uma variação do modelo, sem almofadas soltas e com um trabalho no assento.
Clássico é tudo que resiste ao tempo.
Pode ser modificado mas sem perder o estilo.
Há alguns com os braços mais "abertos", que me agradam menos, mas este que encontrei neste site me encantou.
Pra quem gosta de modernizar e radicalizar... (Daqui)
Um dos mais lindos que vi por aqui, na minha pesquisa. (Daqui)
É uma peça de mobiliário mais requintada, não "cabe" em qualquer ambiente.
É preciso todo um cuidado para ter um Chesterfield. 
Neste ambiente, da casa do decorador Sig Bergamin, achei que o sofá ficou totalmente escondido, sufocado pelas almofadas.
(Imagem tirada do site da revista Estilo)

Não mais alimento o desejo de ter um sofá nesse modelo, passou a vontade, mas continuo achando uma das mais lindas peças de mobiliário já fabricadas.

Um ano de fofurices

Samuel faz 1 ano hoje.
1 ano de alegrias, aprendizado, força, determinação dos pais.
Meu 5º neto e o espaço que ocupa no coração da vovó é o mesmo que cada um dos outros ocupa.
Desejo que sua vida seja plena de alegrias, meu amor.
Feliz aniversário!

Os dias não são nunca iguais


Bom Dia 
Um dia quero mudar tudo
No outro eu morro de rir,
Um dia tô cheia de vida
No outro não sei onde ir,
Um dia escapo por pouco
No outro não sei se vou me livrar,
Um dia esqueço de tudo
No outro não posso deixar de lembrar,
Um dia você me maltrata
No outro me faz muito bem,
Um dia eu digo a verdade
No outro não engano ninguém,
Um dia parece que tudo
Tem tudo prá ser o que eu sempre sonhei,
No outro dá tudo errado
E acabo perdendo o que já ganhei
Logo de manhã, bom dia...
Um dia eu sou diferente
No outro sou bem comportada,
Um dia eu durmo até tarde
No outro eu acordo cansada,
Um dia te beijo gostoso
No outro nem vem que eu quero respirar,
Um dia quero mudar tudo no mundo
No outro eu vou devagar,
Um dia penso no futuro
No outro eu deixo prá lá,
Um dia eu acho a saída
No outro eu fico no ar,
Um dia na vida da gente,
Um dia sem nada de mais,
Só sei que eu acordo e gosto da vida
Os dias não são nunca iguais!

 A letra é mais bonita do que a música. Uma linda poesia.
Li um trecho dela, no Facebook, postado pela  Renata (www.eternosprazeres.com) procurei o restante da letra para conhecer.
Sou assim, por dentro ainda em busca de mim...
Boa semana.

Como nossos pais

Interessante perceber que levamos algumas frases muito a sério.
Mas que, nem sempre, ela traduz uma verdade absoluta.
É voz corrente que aprendemos com o exemplo. Que pais devem dar o exemplo para os filhos e estes seguirão fazendo as mesmas coisas vida afora.
Não é bem assim. (E ainda bem que não, pois quantos pais dão maus exemplos e nem por isso os filhos os copiam?)

Leio uma postagem de amiga, no Facebook, contando que acordou e foi surpreendida pela filha, menina de uns 11 anos, creio, que tinha feito um bolo de chocolate sozinha.
E como essa amiga é prendada na cozinha, comentei que a filha tinha aprendido com ela.
Mas percebo que não é uma verdade absoluta. A filha aprendeu por gosto próprio.

Não gosto de cozinhar e nem me animo a bolos, doces, sobremesas, pães, etc. Quer dizer, gosto de manter uma distância da cozinha.
Ironicamente, cozinho todos os dias, de 2ª a 6ª feira, pelo menos. 
Minha mãe era excelente cozinheira, daqueles pratos que ela incrementava, dava o seu toque e nenhuma das filhas sabe fazer igual, mesmo com ela supervisionando. Mistério.
Sempre cozinhou, ensinou-nos o básico e o resto fomos aprimorando.
Hoje fiz carne moída, arroz, feijão, verdura (almeirão) e salada de tomate e cenoura. A filha comeu elogiando a cada garfada. Isso me mostra que precisamos, antes de tudo, de boa vontade para entrar para a cozinha e preparar uma boa refeição. Sem sofisticação, mas com carinho. Embora não goste, vou para a cozinha com disposição pra cozinhar. Se não estou a fim, nem entro! 
 Claro que o exemplo de quem cria uma criança (sejam os pais ou outras pessoas) é fundamental para algumas informações e atitudes que estas crianças levarão pela vida.


 Mas uma mãe que é prendada em várias frentes (como minha mãe), não necessariamente vai ter filhos que também o sejam e cozinhem, tricotem, bordem, costurem, como ela. (coisa que nem todas as filhas fazem)
Faço um crochê basiquinho, que nem aprendi com minha mãe, pois ela adorava o tricô e detestava o crochê, embora soubesse fazê-lo. Fui aprender sozinha, sob supervisão dela, lendo em revistas especializadas. Ela nem acreditou quando consegui fazer meu primeiro forrinho de bandeja, que nem sei se existe ainda, em casa dela.


 Incomoda-me muito essa falta de vontade minha e isso é inexplicável, visto que quando estou disposta a cozinhar, sei fazê-lo muito bem. Pelo menos o trivial.
Precisamos de incentivo, de motivação, de apoio, para trilhar o caminho que quisermos.
Isso acho de total responsabilidade dos pais, nos primeiros anos de vida dos filhos. 
Formar uma criança, moldá-la para que seja um adulto que saiba seu lugar na sociedade, é uma missão delicada e não depende apenas de exemplos efetivos.
O que não quer dizer que os exemplos dos pais não sejam importantes. Mas não bastam, sozinhos. Educar é um conjuto de atos e atitudes.
São necessários, pois criança precisa e depende de orientação. Mas não cumprem toda a informação de que precisam. (Mas aí já é outro assunto). 

(Depois do post pronto vi o cartaz abaixo e não resisti em trazê-lo pra cá.)

Agosto, mês de comemorações

Hoje é 1º de agosto e a voz geral é de que é um mês, digamos, meio "azarento",vou falar sobre.
Primeiro que nunca acreditei, claro, que fosse um mês diferente.
Segundo que é o mês do aniversário da minha mãe, o que me parece, por si só, muito bom. (Dia 30)

                                       (Com um irmão, que mora na Itália, foto do ano passado)

E também é o mês do aniversário do meu filho. Mais feliz evento, é difícil, né? (Dia 4)



E aniversário do meu 5º neto, Samuel. Mais abençoado, impossível. (Dia 15)


 Meus leoninos amados, pai e filho.

 Agosto vem do latim augustus. Chamou-se assim em homenagem ao imperador César Augusto, que teve "invejinha" do Júlio César, que tinha sido homenageado com o mês de julho e ainda exigiu que seu mês tivesse 31 dias, como o do outro.
Muitas histórias contam as crendices do povo de que agosto seja um mês de "desgosto", associando fatos ruins acontecidos no mês como guerras, acidentes e mortes. 
Claro que se formos pensar em termos de tragédias, elas acontecem todos os dias, pelo mundo todo, não dando para associar a um mês somente.
Encontro, em textos, algumas explicações para associar o mês a acontecimentos ruins ou fatos que não têm a ver com o mês, mas com a própria natureza, as condições climáticas, por exemplo. Os navios portugueses normalmente saiam em agosto em busca de novas terras. Casando no mês de agosto, as mulheres ficavam sem lua de mel pois os maridos partiam logo após o casamento, ou até mesmo viúvas. Daí não quererem casar neste mês. Os colonizadores trouxeram esta crença para o Brasil. Pode não ser o mês preferido das noivas, mas atualmente as igrejas estão lotadas de casamentos para agosto.
E quanto à expressão "cachorro louco", o fato é que antes de haver a vacinação em massa, contra a raiva, e pelo pelo fato de sempre ter havido muitos cães de rua,  em agosto havia muitos casos da doença, porque agosto é época do cio das cachorras, por ser um período de boas condições climáticas. Quando uma fêmea está no cio, vários cachorros se aproximam para tentar cruzar. Como os cães costumam brigar entre si para disputar a fêmea, é nesse momento que o vírus da raiva tem mais chance de se propagar, já que é transmitido pela mordida. Embora esteja sob controle, por causa da vacina, a raiva não está totalmente erradicada e, então, todo cuidado é pouco para quem tem animais em casa.
Vamos viver o mês como deve ser, acreditando em acontecimentos bons o tempo todo.
Comemorar os aniversários, as alegrias do dia a dia, sempre com fé e otimismo.
Contar as horas claras, como faz o relógio de sol.

E neste primeiro de agosto de 2015, registro todos os aniversários do mês, de amigos e parentes, pedindo a Deus que nos abençoe sempre.
Parabéns para
Giovanna Valfré, amiga virtual e do coração (1); 
Erick, meu filho amado, Helbert, amigo, Solange de Jesus, querida que não conheço pessoalmente, mas me encanta (4); 
Lorena, sobrinha, Daiana, amiga, um amor de pessoa, Cristina Feriani, amiga virtual, mas do coração (6);
Claudia Marques, amiga de Portugal, um encanto (8);
Eliana Marinha, uma tigresa, amiga virtual e do coração (11);
Hélia, prima, Regina, a Gina, virtual e do coração (14);
Rafael, sobrinho, Márcia, cunhada/irmã, José Antônio, amigo e compadre duas vezes - padrinho de casamento e sou madrinha de sua primeira filha (12);  
Eduardo, sobrinho ZéDu (13); 
Samuel, neto, Igor, sobrinho, tios amados que já se foram mas jamais serão esquecidos, Tieta e Tio Dudé, 
Ro Costa e Calu, amigas virtuais e de coração, 
Cris Guerra, a blogueira que me faz chorar e me alegra (15); 
Suely, amiga de cidade natal (16);
Márcia, amiga de adolescência, muito querida (17);
Mônica Castro, amiga virtual, um humor fantástico, Irene Marques, amiga de Portugal (18);
Nina Sena, amiga virtual, querida (20);
Raimundo, compadre e amigo, Meri Pellens, amiga virtual, do coração (21);
Alessandro, primo italiano, que não conheço pessoalmente mas o amor que tenho ao seu pai - o da foto acima, com mamãe, chega até ele, Alessandra, amiga (23);
Celma, minha mãe, meu amor (30).