Flores e cores, enfeitando a vida

A vida precisa ser nutrida de bons fluídos.
As flores colorem nossas vidas.
                          Vamos fazer um canteiro de flores .

Convite da Norma, aqui: http://pensandoemfamilia.com.br/blog/blogagem-coletiva/espalhando-a-beleza

Mais ou menos, este post complementa o anterior. 
Flores e amor se combinam muito.
Flor e bons sentimentos, consequentemente bons fluidos, andam juntos.
Com as dificuldades naturais, e as particulares, que todos temos na vida, cercar-nos de ternura, de cor, de cheiros e sabores é preciso.
Será que há alguém que não se sensibilize com as flores?
De alguma maneira, mesmo sem me dar conta, nunca gostei de receber buquês de flores. Dava-me pena vê-las morrerem em apenas um dia, ou alguns mais, desde que quisessem. Porque, na verdade, já estavam mortas desde que foram arrancadas...
Gosto de ver a flor ao natural, fincada na terra.
Quer me dar flores? Faça isso, mas em vasos. Onde ela tenha seu ciclo e se renove, indefinidamente.
Como as orquídeas que enfeitam o sítio, replantadas junto às árvores e que agradecem, florindo praticamente o ano todo.
 

As flores colorem a vida, e mesmo que sejam usadas nas despedidas também, levam com a pessoa querida a nossa saudade, o nosso carinho, a beleza que mostra o quanto somos frágeis, afinal.
A vida sem flores é como a vida sem música. Tanto uma quanto a outra alegram-nos, trazem-nos lembranças e encantamento.
Cada um que faça seu canteiro de flores, ainda que apenas em seu interior. 
Alegre a vida com as cores, as formas, os cheiros das flores.
Acredite na vida, pois a própria flor, tão efêmera, nos dá a certeza de que é possível renovar-nos diariamente, desde que bem "adubados" pela alegria de viver.
 A rosa, a mais simbólica das flores, assim, incorporada à natureza, que é o seu lugar.
(Todas as flores são do sítio, fotos tiradas com celular, bem amadoramente, sem nenhuma pretensão a não ser captar a beleza).

É preciso amar as pessoas...

...como se não houvesse amanhã?
Amemos a quem ou ao que quisermos, o que vale é estarmos plenos.
É preciso amar o que nos faz bem, amar o que nos alegra, o que nos complementa. Pode ser alguém, pode ser um animal, um lugar, uma profissão, um momento...
Realmente os animais nos inspiram. Uma foto como esta nos dá a certeza de que uma criança e um animal são capazes de amolecer um coração.
Outra fonte de inspiração, que remete ao amor, à ternura, são as flores, as folhagens. É preciso cultivar, para conseguir cativar...
A vida tem suas amarguras, que volta e meia separam as pessoas, mas a alegria do reencontro merece uma festa, uma comemoração, um bolo, quem sabe? Pode ser um bolo alegre como este, cheio de sorrisos e doçuras. Nada aquece mais a alma do que um beijo, um abraço, um doce. E mesmo com tantas proibições da vida moderna, que nos levam a pensar o que comer, o que não comer, há momentos em que não podemos resistir a um pecadinho da gula.
Impossível resistir a um carinho e por isso é que a mola do mundo é o amor. É preciso amar as pessoas como se elas fossem únicas, mesmo com seus defeitos. Muitas vezes não há palavras a serem ditas, mas um abraço fala tudo por nós. Um carinho, um beijo, um olhar. 
É preciso amar as diferenças, os diferentes, que esses somos todos, ninguém é igual a ninguém. E não perder a ternura, a capacidade de nos emocionarmos, de acreditar que sempre há uma esperança e sempre vale a pena estar de pé, mesmo que em meio a batalhas.
É preciso ser amigo, companheiro, parceiro nos bons e nos maus momentos, pois a vida é para ser dividida, ninguém é uma ilha... Muitas vezes só o que precisamos é de alguém ao nosso lado, mesmo em silêncio, mesmo que a dor seja só nossa e ninguém a possa partilhar. Uma brisa, o sol, uma cor, um cheiro podem ser o bastante para nos mostrar que estamos vivos. É preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã...
 E porque está decidido que cada dia é um dia e hoje se comemora o Dia do abraço, é preciso que abracemos, nem que seja com o pensamento.
E amemos, como se não houvesse amanhã...
E sejamos mais tolerantes uns com os outros. Porque nada somos, a não ser o que trazemos dentro de nós.

(Abri a tela, branca como uma página, busquei figuras que me inspirassem e acabei com essa redação do primeiro ano. Com fotos que guardo, do Google ou do Facebook)

Da minha nostalgia

"Nostalgia é um termo que descreve uma sensação de saudade idealizada, e às vezes irreal, por momentos vividos no passado associada com um desejo sentimental de regresso impulsionado por lembranças de momentos felizes e antigas relações sociais.
A nostalgia já foi considerada uma condição médica no início da Era Moderna, por ser associada com a melancolia, além de ser importante na literatura como "necessária", no Romantismo.
A nostalgia é diferente da saudade, pois a última é direcionada a um alvo ou momento especifico e até pode ser superada pela presença ou repetição, já a nostalgia não pode ser superada no campo físico pois diz respeito somente a uma visão idealizada de passado que cada um possui.
A nostalgia é estudada na área médica como retrofilia
Segundo os teóricos da área da psicossomática, o termo "nostalgia" significa sentir falta de uma ação que poderia ter sido realizada e que por um motivo qualquer não se realizou.
Estado de depressão, quando você revê fotos, lê mensagens de textos, ou lê cartas e tem vontade de reviver os velhos tempos."  (Parte deste texto tirei da Wikipédia).
Se uma palavra me define, entre tantas, nostálgica é uma delas. Principalmente por estas conclusões:  
- a nostalgia não pode ser superada no campo físico pois diz respeito somente a uma visão idealizada de passado que cada um possui.  
- "NOSTALGIA significa sentir falta de uma ação que poderia ter sido realizada e que por um motivo qualquer não se realizou."
Sou nostálgica exatamente porque não me lembro do meu passado remoto. (agora, mais remoto do que nunca. rs). Não tenho lembrança nenhuma, em idade nenhuma. Somente o que chamo de "flashes", uma ou outra cena, se ouço falarem dela. Ao contrário de minha mãe e dos irmãos, que se lembram de muita coisa. Minha mãe sempre teve uma memória fantástica, sabia detalhes de roupas, frases inteiras, situações de quando tinha 4, 5 anos de idade. 
Para  mim, meu passado é um mistério e se eu fosse sozinha no mundo, não saberia dizer nada de mim, como criança e adolescente. Isso não me preocupa, a ponto de me tratar, mas à vezes me leva à nostalgia.
Hoje me peguei pensando na minha madrinha de batismo, uma tia, irmã do meu pai. Que morreu há anos e com a qual convivi pouco, ela morava mais no interior do que na capital, mas lembro-me do seu sorriso bonito, como o das filhas, sua voz calma. E pensei nela por um  motivo interessante.
Não gosto de cozinhar e hoje pensei de onde teria vindo essa falta de vontade e cheguei nela, na Tia Maria. De quem não tenho sequer uma foto e hoje gostaria de ter. E essas constatações me levam a chorar, a sentir uma tristeza profunda, a me emocionar quase que fisicamente. 
Minha mãe é exímia cozinheira (hoje não vai mais para a cozinha, aos 88 anos, mas até os 83, mais ou menos, ainda fazia os almoços do domingo). Tenho irmãs que amam cozinhar, sendo que uma é cozinheira profissional.
Daí, como sei que o sangue fala alto, pensei na minha madrinha e tia, sangue do meu sangue e decidi que sai a ela, que era professora primária, dedicadíssima, do tempo em que professora era uma das figuras mais importantes de uma cidade. 
Tia Maria vivia para os filhos, marido e alunos. Nem gostava de comer. Era magrinha e alegre, sempre sorrindo. Morreu nova, de uma crise de apendicite. Teve 10 ou 11 filhos. Era alheia à cozinha, chegava da escola e se dedicava aos filhos, voltava para os livros, comer era só um detalhe. 
E as crianças tinham tudo a tempo e a hora, visto que "naqueles tempos", numa cidade que era quase uma roça, tinha-se empregadas, às vezes mais de uma, mesmo que não se tivesse situação financeira para isso. As moças, vindas de grotões, trabalhavam pela comida, por um quartinho limpo e só delas, já que saiam de casas com pencas de irmãos, sem camas nem colchões. E eram tratadas como filhas, como família, algumas passavam a dormir no quarto, com as meninas da casa. E eram ensinadas, aprendiam a ler e a escrever, eram vigiadas, como as filhas, para que encontrassem um bom marido, não "se perdessem" na vida. Sei disso por ouvir tanto as histórias e eu mesma ter vivido alguns casos, já morando na capital e vindo moças do interior para morar conosco, às vezes duas irmãs, e em minha casa aprendiam de tudo, até bordado, namoravam e se casavam com "moços bons". Ou voltavam pra roça, se não quisessem seguir as regras da casa.
Quanto viajei, nessa conversa!
Hoje estou absolutamente nostálgica. 
Por ser Dia das Mãe, será? Mas ainda tenho a minha, e dos 3 filhos, estarei com 2.
Será isso? Será não poder passar o dia com todas as minhas crias?
 Hoje decidi que sou avessa à cozinha, lembrando-me da Tia, de quem não tenho nem a metade das qualidades. E não entendo o que isso poderá significar para mim...rsrs
Um lindo domingo para as mamães que amam cozinhar e vão para o fogão sorridentes e felizes.
Um lindo domingo para as mamães, que como eu, vão almoçar uma comidinha preparada pela irmã gastrônoma, em casa da velha e querida mãe. 


 Uma foto preciosa, com todas as irmãs e mamãe. (Uma cunhada, uma esposa de sobrinho, netas, uma bisneta, faltando ainda algumas outras das mulheres da família). Dez. 2011.
Amo!

(E o que tudo o mais tem a ver com a nostalgia, do título? Só a constatação de que sou assim e que toda tristeza passa.)

Pais e filhos

" Não há qualquer necessidade de que o filho tenha que concordar com o pai. 
Na verdade parece muito melhor que ele não tenha que concordar. 
É assim que a evolução acontece. Se toda criança concordar com o pai, então não haverá qualquer evolução, porque o pai terá concordado com seu próprio pai, e todo mundo estará no ponto em que Deus deixou Adão e Eva: nus e expulsos do jardim do Éden. 
Todo mundo estará lá. 
O homem tem evoluído porque os filhos têm discordado de seus pais, dos pais de seus pais e de todas as tradições. Toda essa evolução é uma tremenda divergência com o passado. Quanto mais inteligente você for, mais você irá discordar. 
Mas os pais valorizam as crianças que concordam e condenam as que discordam."  (Osho) 

 Bom para pensar, em véspera do Dia das Mães. Pais, aí, implica em pai e mãe. Embora o texto  fale em "pai", entendo que aí entra também a mãe, figura muito mais presente na vida dos filhos.
Enquanto criei meus filhos, não aceitaria essa premissa. Achava-me a dona da verdade e passei para meus filhos que a autoridade de pai e mãe é incontestável.
Hoje, vendo a criação dos netos, sei que não é bem assim, que temos que ter, essencialmente, respeito à criança e perceber desde cedo as diferenças entre elas e nós, pais. E deixar que se exprimam, que exponham seus pensamentos, mesmo rudimentares, mas são nuances, são sinais da sua personalidade. Só o que não pode faltar é pulso firme, para direcioná-los.
O que acontece com as famílias de hoje, onde cada filho vive à sua maneira e pais preferem a agressão à saudável conversa, a discussão "amigável", sem briga, só mostrando pontos de vista diferentes?
Ando sem vontade de ler noticias de jornal e TV, só dão destaque à violência.
Pais e filhos juntos, numa ação bárbara, agredindo uma pessoa até levá-la à morte, como aconteceu no Guarujá, esta semana.
Meninos e meninas bandidos-mirins, nocivos à sociedade aos 10, 12 anos, ou até menos. Produtos de um meio onde não prevalece o respeito, a hierarquia entre pais e filhos, a educação, o carinho, o amor, a família como a base.
Meninas de 14 anos, ou menos, que dão à luz filhos dos quais não cuidarão, pois elas mesmas ainda precisam de cuidados.
Aos 30 anos, muito provavelmente serão mães de um marginal de 16 anos, que já "toca o terror" na área em que moram.
Culpa da sociedade injusta? Culpa do governo? 
Não há respostas a perguntas como essas.
Filhos podem, certamente, discordar dos pais, mas quando já tiverem embasamento. Discordar aí, não é impor sua opinião, é simplesmente ter a sua visão sobre a mesma coisa.
Embora a vida de hoje em dia nos pareça diferente, há milênios os homens se superam na arte de surpreender, e muitas vezes o que parece evolução não passa de um retrocesso.
Colocar filhos no mundo nunca foi fácil, nem romântico. É algo sério e a ser muito pensado.
Filho não é apenas fruto de amor entre os pais. Filho pode ser "um descuido", "um vacilo",  e é assumido apenas pela mulher, às vezes nem ela sabendo quem é o pai...
Por um mundo melhor, que todas as crianças vindas à luz cheguem trazidas pelo amor, pela determinação, pelo desejo legítimo dos pais de criarem um ser à imagem e semelhança de suas melhores virtudes. (Não se pode falar de Deus, então, que seja à imagem e semelhança de um Ser do bem).
Filho não vem para que exista um lindo quarto a ser decorado.
Filho não vem para que o armário se encha de roupas e sapatos.
Filho não vem para que todos os espaços da casa se ocupem  de brinquedos, muitos dos quais nem são apreciados pelos filhos, mas são "sonho de consumo" dos pais, que nunca puderam tê-lo.
Que filhos discordem dos pais quando for para o bem de ambos.
(Imagens Tumblr)